há 2 horas
Publicado por Matheus Gaston
Com as mãos na terra e entusiasmo estampado no rosto de 110 crianças, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) participou da produção do bosque de arbustivas nativas na Escola Otacília Hasselmann de Oliveira, em Ponta Grossa, com a orientação de alunos do curso de licenciatura em Ciências Biológicas e parceria do Viveiro Florestal da Universidade.
A disciplina de Fisiologia Vegetal faz parte da curricularização da extensão e foi responsável pela ação que vai além de melhorias no espaço escolar, que é a educação ambiental dos alunos através do plantio e manejo das espécies com estudantes de escolas públicas do município. De acordo com a professora da disciplina e coordenadora do Viveiro Florestal da UEPG, Rosimeri de Oliveira Fragoso, alunos e alunas plantaram cerca de 300 espécies nativas entre ornamentais, arbustivas, como lavanda, frutíferas, e também algumas ameaçadas de extinção, como a angiquinho rosa.
“A escola nos procurou para a doação de algumas mudas, mas vimos que o espaço tem potencial para um mini ecossistema natural. Então doamos algumas espécies nativas como Sálvia, Melissa e Brinco de Princesa, que são ornamentais e algumas espécies de campos naturais, como a Campomanesia Adamantium, que é uma Gabiroba do Campo”, explica Rosimeri.
Todos esses conceitos e características das plantas foram trabalhados com os alunos antes de todos colocarem as mãos na terra. “A gente poderia simplesmente vir aqui e plantar. Já seria uma coisa bem legal, né? Mas a gente entende quando envolvemos a comunidade, de eles colocarem a plantinha na terra, regar, isso tem um retorno muito mais efetivo. Eles se sentem pertencentes, compreendem que fazem parte do ambiente e passam a valorizar esse e outros espaços naturais”, finaliza Rosimeri.
A ideia de envolver a UEPG foi da professora de Ciências da Natureza da escola, Emilyn Diniz. De acordo com ela, o aprendizado fora das salas de aula serviu também para mostrar que a vida com menos tela é mais interessante. “Esse projeto surgiu com a necessidade das crianças terem mais contato com a natureza e diminuir o tempo de tela em suas vidas. Algumas viram minhoca pela primeira vez! Tanto a parte lúdico-didática como a formação dos seres vivos, plantas e animais, pudemos trabalhar também a questão da biodiversidade e preservação da natureza”, explica Emilyn.
Além do mini bosque, a UEPG auxiliou na expansão da horta da escola com a doação de plantas como hortelã, menta e tomilho para o canteiro de plantas aromáticas, que além do consumo, servirá como aguçadores olfativos.
Com informações da Assessoria de imprensa