há 2 horas
Heryvelton Martins

O fim de ano em Ponta Grossa voltou a lotar os supermercados e atacarejos, com relatos de consumidores que chegam a aguardar cerca de 30 minutos apenas para conseguir entrar nas lojas e mais 30 minutos a 1 hora para concluir o pagamento no caixa. A cena se repete principalmente nos dias que antecedem o Ano Novo, quando o movimento cresce impulsionado pelas compras de confraternizações, ceias e reposição de estoque das famílias.
O comércio de Ponta Grossa opera em regime de horário estendido neste fim de ano, com lojas de rua autorizadas a funcionar até 22h e shoppings até 23h em datas específicas de dezembro, conforme a convenção coletiva do Sindilojas Ponta Grossa e Região. A ampliação busca justamente diluir o fluxo de consumidores que deixam as compras para os últimos dias, mas, no caso dos supermercados, o alto volume concentrado em poucos horários ainda provoca grande acúmulo nas entradas e nos caixas.
A projeção do setor é de aumento de vendas neste fim de ano em relação a 2024, impulsionado pelo aquecimento do varejo local e pelo maior movimento em shoppings e no comércio em geral. No segmento alimentar, o cenário nacional também indica crescimento de faturamento dos supermercados no Natal de 2025, o que se reflete em lojas cheias, carrinhos lotados e pressão extra sobre equipes de atendimento e de caixa.
Estudos sobre experiência do consumidor no varejo apontam que filas longas são o principal fator de insatisfação nas compras de fim de ano, com cerca de 69% dos entrevistados apontando as filas como o maior problema na ida às lojas. Em supermercados com grande fluxo e número limitado de caixas abertos, esse gargalo torna o processo de compra mais cansativo e aumenta a percepção de estresse em períodos já marcados por correria e prazos apertados.
Órgãos de defesa do consumidor em Ponta Grossa, como o Procon Municipal, reforçam a necessidade de os supermercados garantirem estrutura adequada, transparência e respeito ao cidadão, sobretudo em períodos de maior movimento. Consumidores que se sentirem desrespeitados podem registrar reclamações pelos canais oficiais do Procon, que vem intensificando fiscalizações em supermercados da cidade para verificar cumprimento das normas e condições de atendimento.