há 2 horas
Heryvelton Martins

Enquanto milhares de moradores de Ponta Grossa (PG) fazem filas nas lotéricas em busca do prêmio recorde de R$ 1 bilhão da Mega da Virada, uma história de 2013 serve como um lembrete amargo sobre a importância de conferir o bilhete. Naquela ocasião, a sorte bateu à porta de um pontagrossense que registrou uma aposta simples no Centro da cidade, mas o prêmio de R$ 22,9 milhões nunca chegou ao bolso do vencedor. O caso é um dos maiores registros de valores esquecidos na história das loterias no Paraná.
Os dados da Caixa Econômica Federal confirmam que o bilhete premiado no concurso 1.510 seguiu todas as normas de validade, exceto o resgate. O prazo regulamentar para a retirada de qualquer prêmio é de 90 dias corridos após a divulgação do resultado. No caso de Ponta Grossa, o tempo esgotou sem que ninguém aparecesse com o comprovante em mãos, o que levou à prescrição automática do valor. Quando um prêmio não é resgatado, o montante integral é repassado ao Tesouro Nacional para aplicação exclusiva no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Assim, a fortuna que poderia ter transformado a realidade de uma família local acabou destinada ao custeio da educação superior de estudantes em todo o país.
Histórias que circulam nos bastidores da cidade sugerem que o apostador teria jogado o papel no lixo após ouvir boatos equivocados de que outra pessoa já havia retirado a bolada. Para o sorteio de amanhã, dia 31 de dezembro, a orientação é clara: guarde o comprovante em local seguro e assine o verso do bilhete com nome e CPF. Essa medida simples garante que apenas o proprietário legal realize o saque.
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Afinal, em uma cidade onde a chance de ganhar é a mesma de qualquer brasileiro, o maior erro não é perder no sorteio, mas ganhar e não levar por puro esquecimento.