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Publicado por Lucas Ribeiro

No por do sol do domingo, 28 de dezembro, a Catedral Sant’Ana, em Ponta Grossa, acolheu o encerramento diocesano do Ano Jubilar de 2025, em comunhão com a Igreja no mundo inteiro que vive o Jubileu convocado pelo Papa. Na Festa da Sagrada Família, data escolhida para o encerramento do Jubileu nas dioceses, a comunidade se reuniu para agradecer as graças vividas ao longo deste Ano Santo, de renovação da esperança como força para a missão.
Para Dom Bruno Elizeu Versari, bispo diocesano, o ano foi vivido como resposta concreta ao chamado do Santo Padre. “Foi um ano de muita graça. O povo atendeu ao chamado do Santo Padre: Peregrinos da Esperança. Pessoas de esperança. Isso revigora a Igreja”, afirmou. Segundo ele, a esperança que se fortalece na fé “anima no trabalho missionário, anima no trabalho de missão da Igreja” e, na realidade diocesana, essa experiência se encontrou com outra preparação importante: o Jubileu do Centenário da Diocese.
“Aqui nós podemos dizer que nós terminamos uma etapa, a etapa do Jubileu da Esperança. Mas nós, da nossa Diocese, continuamos agora a caminhada para o Jubileu do Centenário, que conclui em 10 de maio do próximo ano”, destacou Dom Bruno. A Diocese de Ponta Grossa foi criada em 10 de maio de 1926, data que fundamenta a celebração do centenário em 2026.
Ao longo do Ano Jubilar, a vivência diocesana ganhou forma sobretudo por meio das peregrinações e da presença missionária junto às famílias. O padre José Nilson, assessor do Conselho Missionário Diocesano, explicou que a Diocese acolheu a proposta jubilar “através das peregrinações”, iniciadas já com visitas missionárias às casas, anunciando o Jubileu e o centenário. “Depois também as outras peregrinações nos lugares já estabelecidos para a gente poder ir aos santuários e recebermos as indulgências”, relatou.
Padre José Nilson recordou ainda que a Catedral e outros pontos de peregrinação se tornaram, ao longo do ano, lugares de encontro, oração e reconciliação com “grandes peregrinações, concentrações” e também iniciativas paroquiais, inclusive romarias maiores, como peregrinações a Aparecida do Norte.
O Jubileu (ou Ano Santo) é, na tradição da Igreja, um tempo especial de graça, reconciliação e renovação espiritual, com forte convite à conversão e à caridade. A ideia de “jubileu” tem raízes bíblicas (cf. Lv 25), associada a um tempo de restauração e recomeço.
O Jubileu de 2025 tem como tema a esperança. Na bula de convocação, o Papa Francisco coloca no centro a certeza de que a esperança cristã não é otimismo vazio: é um dom ancorado em Deus e capaz de sustentar o povo em tempos difíceis.
Entre os sinais mais visíveis do Ano Santo estão as peregrinações e, em Roma, a passagem pela Porta Santa nas Basílicas Papais. Nas dioceses do mundo, os bispos indicam igrejas e lugares de peregrinação onde os fiéis podem viver o Jubileu e receber as graças próprias desse tempo, em comunhão com a Igreja universal.
Um elemento tradicional do Jubileu é a possibilidade de receber a indulgência jubilar, ligada a um caminho espiritual concreto: confissão, Eucaristia, oração nas intenções do Papa e a vivência de peregrinação e obras de fé e caridade, conforme as orientações publicadas pela Santa Sé para o Jubileu de 2025.
Ao encerrar a vivência diocesana do Ano Jubilar 2025, a Diocese de Ponta Grossa reafirma que a esperança não fica apenas como lema: ela se torna impulso para a missão, para a proximidade com as famílias e para a caminhada comunitária que já se volta ao Jubileu do Centenário, celebrando cem anos de criação da Diocese em 2026.