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Ponta Grossa

Repórter do D'Ponta News se passa por vítima de golpe; revelamos tudo

'Comprar limite no cartão com preços abaixo do mercado?', o famoso barato que saí caro pode te levar a responder por fraude e estelionato; veja áudios e prints do golpe

há 2 horas

Heryvelton Martins

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Repórter do D'Ponta News se passa por vítima de golpe; revelamos tudo
D'Ponta News

O jornalismo do D'Ponta News recebeu nos últimos dias uma mensagem por meio de grupos no WhatsApp de comunidades de Ponta Grossa e resolveu “cair no golpe” para entender de perto como o esquema funciona e evitar que os leitores façam o mesmo. Foram dias conversando com o golpista, que detalhou todo o funcionamento de um golpe sofisticado envolvendo a venda ilegal de limites de cartão de crédito em nome de outras pessoas. Após o jornalista perguntar “isso não é crime?”, o golpista deixou de responder e bloqueou o contato na plataforma.

No áudio obtido e disponibilizado pelo D'Ponta News, o golpista explica que sua esposa trabalha em uma agência bancária e é responsável pela liberação dos valores. Ele afirma que tem um acordo com o gerente da agência para que os “limites” de cartões de crédito sejam liberados em nomes de terceiros, usando dados obtidos com um contato de confiança. Segundo o golpista, esses limites são vendidos em valores variados, sempre com uma cobrança proporcional, que varia conforme a cotação da semana. (ABAIXO CLIQUE EM VISUALIZAR NO NAVEGADOR)

A promessa feita é que o comprador pague um valor baixo — por exemplo, R$ 130 para um limite de R$ 1.000 — e receba o valor diretamente via Pix na conta, em até 10 a 15 minutos, com o dinheiro caindo como saldo disponível para uso. O golpista ainda afirma que a maioria das pessoas prefere receber o dinheiro diretamente na conta, garantindo agilidade e segurança na operação. Ele justifica o suposto baixo risco afirmando que os dados utilizados são de pessoas idosas, com 80 ou 90 anos, que não utilizam mais seus CPFs.

No entanto, especialistas e autoridades financeiras alertam que esse tipo de operação é uma prática criminosa, envolvendo uso ilegal de dados pessoais, fraude e estelionato. Não existe procedimento legítimo nos bancos para a liberação de limites dessa forma, nem para transferência de valores em nome de terceiros sem autorização. O banco é o principal prejudicado, bem como as pessoas cujos dados são usados sem consentimento, que podem sofrer perdas financeiras e problemas jurídicos.

Mensagem chamativa é publicada nas redes sociais | D'Ponta News / Print
Legenda: Mensagem chamativa é publicada nas redes sociais | D'Ponta News / Registro de tela

Além disso, quem adquire esses limites por meio desse esquema pode responder criminalmente por crimes graves, como uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro. Essa fraude, amplamente disseminada por grupos em aplicativos de mensagens, explora a vulnerabilidade de pessoas em busca de crédito rápido e fácil, mas traz riscos altíssimos e perdas irreversíveis.

O que dizem os bancos?

Os bancos esclarecem, em seus sites e redes sociais, que não autorizam nem realizam liberações de limites em nomes de terceiros por acordos internos ou qualquer prática fora dos procedimentos oficiais. O limite de crédito é definido mediante análise individual do perfil financeiro e comportamento do cliente, conforme explicam instituições como Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal.

Essas instituições enfatizam que toda liberação ou alteração do limite é feita mediante processo rigoroso de avaliação, seguindo normas regulatórias e políticas internas para garantir segurança e evitar fraudes. Alterações repentinas e transferências de limite para terceiros, especialmente mediante pagamento antecipado, são indicativos claros de golpe.

Além disso, os bancos orientam que limites utilizados são controlados pelo sistema e qualquer movimentação indevida ou suspeita deve ser comunicada imediatamente à instituição por meio dos canais oficiais. Não há registro de operações legítimas em que colaboradores internos possam anular regras de segurança para liberar valores em nome de outras pessoas.

Em suas orientações de segurança, os bancos recomendam aos clientes desconfiar de ofertas que prometam liberação rápida e facilitada de limites, especialmente aquelas com pedidos de pagamento antecipado. Também reforçam a importância de manter os dados pessoais protegidos e de realizar transações financeiras somente por meios oficiais.

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