Segunda-feira, 29 de Abril de 2024

D’P Pessoas de Valor: Expresso Princesa dos Campos

2023-10-30 às 12:12

Prestes a completar 90 anos de atuação, o Expresso Princesa dos Campos colabora decisivamente para o desenvolvimento de Ponta Grossa e se consolida como ícone do transporte de passageiros, encomendas e fretamentos através da localização privilegiada do município

Por Michelle de Geus

Referência em transporte seguro, ágil e confortável, o Expresso Princesa dos Campos (EPC) encurta distâncias para de mais de 600 mil pessoas por mês nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Atualmente, são mais de 100 linhas e dois milhões de quilômetros rodados mensalmente. A empresa também se destaca com serviços de entrega de mercadorias, encomendas expressas e fretamento de ônibus. Com quase um século de história, o EPC não só viu surgir o desenvolvimento rodoviário do Paraná como também foi protagonista de sua construção, sendo o proprietário do registro nº 1 do Departamento de Estradas e Rodagem do estado (DER-PR). A história da empresa começou em Guarapuava, mas há décadas a sua sede está localizada em Ponta Grossa, onde criou um vínculo de carinho, respeito e comprometimento com a comunidade.

O diretor e vice-presidente do EPC, Alexandre Gulin, destaca que a empresa desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de Ponta Grossa e que foi uma das pioneiras na promoção de melhores conexões rodoviárias no estado. “Isso contribuiu significativamente para o crescimento econômico da cidade e a integração regional, uma vez que estradas de qualidade são essenciais para o transporte de pessoas e encomendas”, explica, acrescentando que a companhia também fomentou a modernização do setor, introduzindo inovações tecnológicas e oferecendo serviços de qualidade, o que contribui para o fortalecimento da economia como um todo. “Esses fatores facilitam o acesso a serviços, oportunidades econômicas, fomentam novos negócios, atraem investimentos e promovem o desenvolvimento local”, detalha.

Impacto múltiplo     

A operação do EPC recruta uma força de trabalho substancial, incluindo motoristas, pessoal de manutenção, funcionários de terminais, e equipes administrativas e de suporte. Atualmente, são mais de 400 colaboradores diretos e cerca de 1.200 indiretos prestando serviços para a empresa em Ponta Grossa e região. “Esses empregos proporcionam uma fonte de renda e contribuem para a estabilidade econômica da cidade”, comenta Gulin, lembrando ainda que a empresa paga impostos e taxas locais, o que ajuda a financiar serviços públicos e projetos de infraestrutura no município.

O diretor do EPC também menciona que a empresa conecta Ponta Grossa a outros municípios e regiões, estimulando o turismo e o comércio local. “Essa conexão incentiva o comércio e a colaboração com áreas vizinhas ao mesmo tempo que impulsiona o turismo na cidade, beneficiando hotéis, restaurantes, lojas e outros negócios locais”, detalha. A companhia, na visão dele, ainda estimula a criação de negócios relacionados ao setor de transporte, como agências de viagens e serviços de entregas, além de garantir o abastecimento de lojas e empresas através do serviço de transporte de mercadorias.

Inovação e sustentabilidade

A inovação é um dos pilares do EPC, e a busca constante por novas tecnologias inclui esforços para tornar as operações da empresa mais sustentáveis. De acordo com Gulin, um exemplo disso é a política de renovação da frota da companhia, como a adoção de veículos mais eficientes em se tratando de combustível e menos poluentes. “Os veículos novos atendem a regras de emissões de poluentes mais rígidas. Ou seja, com uma frota mais nova, consumimos menos combustível, e, por consequência, reduzimos a emissão de poluentes atrelados à queima de óleo diesel”, explica, acrescentando que toda a frota obedece a um rigoroso plano de manutenção informatizado e passa por testes anuais de opacidade, que mede o grau de fumaça e gases de escapamento emitidos.

Gulin lembra ainda que o EPC é a primeira empresa de transporte rodoviário de passageiros a ser autossustentável na produção de energia. Para isso, a companhia conta com cinco usinas fotovoltaicas, sendo duas delas instaladas em Ponta Grossa e as demais em Guarapuava, Cascavel e Curitiba. Juntas, elas somam mais de 1.300 placas fotovoltaicas e têm capacidade para produzir 926 mil kWh por ano. “Somente em 2023 foram gerados 80 mil kWh/mês nas nossas cinco usinas próprias. Evitamos a emissão de 96 toneladas de carbono, totalizando 772 mil kWh, energia suficiente para abastecer aproximadamente 39 mil geladeiras e 700 mil banhos”, esclarece, revelando que a expectativa é evitar a emissão de 3 mil toneladas de CO2 nos próximos 25 anos, o equivalente a uma floresta de 256 mil árvores.

Mais segurança para todos

Diretamente envolvido na mobilidade das pessoas e no uso das rodovias, o EPC também mantém um compromisso importante com a segurança viária. A empresa oferece treinamento extensivo aos motoristas, focado em técnicas de direção segura, respeito às leis de trânsito e conscientização sobre os riscos rodoviários. “A instalação de sistemas de rastreamento e monitoramento em tempo real nos veículos nos permite acompanhar o comportamento dos motoristas, a velocidade, a rota e outras métricas de segurança”, detalha Gulin.

O EPC também utiliza tecnologias avançadas, como sistemas de assistência ao motorista e frenagem de emergência, que ajudam a prevenir acidentes. “É importante ressaltar que a segurança viária é uma preocupação de todos os envolvidos no setor de transporte, e temos um papel fundamental em garantir a segurança dos nossos passageiros, motoristas e de todos que compartilham as estradas”, reforça.

Crescimento conjunto

O diretor do EPC observa que a localização estratégica de Ponta Grossa como um grande entroncamento rodoferroviário representa uma vantagem significativa tanto para empresa quanto para o desenvolvimento econômico do município. “A infraestrutura de transporte robusta cria oportunidades de crescimento, expansão de serviços e fortalecimento da economia local, permitindo que a empresa e a cidade cresçam juntas”, avalia, citando que a companhia se vale desse acesso facilitado a redes ferroviárias e rodoviárias para distribuir encomendas de forma eficiente e expandir as suas rotas de transporte de passageiros, inclusive para outras cidades e regiões.

Conteúdo publicado originalmente na Revista D’Ponta #297