O general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), afirmou durante exame de corpo de delito realizado nesta terça-feira (25) que recebeu diagnóstico de Alzheimer em 2018 e que convive com a doença desde então.

Heleno, de 78 anos, foi detido pelo Exército e pela Polícia Federal e levado ao Comando Militar do Planalto, em Brasília. O registro do exame médico aponta que ele “refere ser portador de demência de Alzheimer em evolução desde 2018, com perda importante de memória recente, prisão de ventre e hipertensão, em tratamento medicamentoso”.

O general integrou o governo Jair Bolsonaro (PL) entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022.

O exame de corpo de delito é um procedimento médico-legal destinado a registrar as condições físicas da pessoa no momento da prisão, com a finalidade de documentar seu estado e prevenir alegações futuras que não possam ser verificadas.

A prisão foi efetuada após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar o trânsito em julgado do processo e determinar o início do cumprimento da pena no caso relacionado à chamada “trama golpista”.

Heleno foi condenado a 21 anos de prisão, acusado de integrar o núcleo central de uma organização criminosa que, segundo a decisão judicial, tinha como objetivo manter o então presidente no cargo após a derrota eleitoral.