A empresária Franciele Martins Rezende, dona de uma boate na cidade de Caarapó (MS), gerou grande repercussão nas redes sociais ao publicar um vídeo mostrando exames de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) de suas funcionárias e dela mesma. Em um tom que ela descreve como "debochado", Franciele exibiu os resultados dos testes, todos negativos, e afirmou: "as quenga tudo limpa".

Nas imagens, a empresária — que prefere usar termos como "boate", "casa de massagem" ou "cabaré" em vez de "cafetina" ou "bordel" — reforça a importância do cuidado com a saúde sexual. "Da cozinheira à dona. Cuidem do chibu de vocês, viu, queridas? Minhas mulheres todas limpinhas. Obrigada". A publicação, que alcançou grande visibilidade, provocou a manifestação da Polícia Civil (PC) de Caarapó, que já está ciente do conteúdo e investiga o caso.

Saúde e cidadania em debate

A atitude de Franciele, que mantém uma casa de prostituição, coloca em evidência a saúde das pessoas que atuam no mercado sexual. A prevenção e o acesso a exames para detecção de ISTs são componentes cruciais dos direitos sexuais e reprodutivos, conforme orienta o Ministério da Saúde. Em Mato Grosso do Sul, já existem iniciativas que buscam promover o autocuidado e a educação em saúde para essa população, abordando temas como ISTs, anatomia humana e o uso correto de preservativos.

Tais ações visam cooperar para que os profissionais se responsabilizem pelo cuidado com o próprio corpo. Estudos e políticas de saúde pública indicam a necessidade de equipes multidisciplinares e acesso facilitado a serviços e métodos contraceptivos para profissionais do sexo.