A preocupação dos pais com a dimensão do pênis dos filhos é tema de um estudo apresentado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), revelando que 24% dos pais acreditam que o órgão sexual masculino infantil está abaixo da média. Entretanto, a pesquisa aponta que os responsáveis subestimam geralmente o tamanho real, com uma diferença de aproximadamente 2,5 a 3 centímetros em relação à medida feita pelo médico.

Segundo a CNN Brasil, o estudo, realizado com 99 pacientes e seus familiares, mostrou que nenhuma das crianças avaliadas apresentava micropênis. O endocrinologista pediátrico Miguel Liberato explica que o pênis se desenvolve progressivamente desde a gestação até o final da puberdade, com crescimento mais perceptível na puberdade, e que os pais só devem se preocupar se o comprimento estiver muito abaixo do percentil adequado para a idade.

Em caso de confirmação do micropênis, é recomendada avaliação hormonal e acompanhamento especializado, pois o tratamento precoce, antes da puberdade, tem maiores chances de sucesso. O objetivo do tratamento não é somente o tamanho, mas assegurar o desenvolvimento saudável, o equilíbrio hormonal e a autoestima da criança. O foco principal deve ser no bem-estar e saúde do menino, não na comparação com outras crianças.​