Em entrevista ao D’Ponta News, a vice-líder do Governo Federal tratou de temas importantes da atualidade no Brasil
Nesta quarta-feira (17), a deputada federal e vice-líder do Governo Federal, Aline Sleutjes, do Paraná, participou de uma live no D’Ponta News em entrevista ao programa JB Urgente com João Barbiero. Na entrevista, Aline falou sobre a quebra de sigilo bancário a qual foi submetida junto com outros 10 parlamentares da base governista através de decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes na terça-feira (16).
Outros temas abordados na entrevista foram; o STF, o grupo político conhecido como ‘centrão’, além do papel do STF (Supremo Tribunal Federal) e a dificuldade de dialogar com uma oposição que por muitas vezes age de forma considerada extremista.
A quebra do sigilo bancário
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou na terça-feira (16) a quebra de sigilo bancário de 10 deputados ‘bolsonaristas’ investigados no inquérito das ‘fake news’, relatado por Moraes.
A decisão de Moraes atinge os parlamentares Daniel Silveira (PSL-RJ), Cabo Junio Amaral (PSL-MG), Otoni de Paula (PSC-RJ), Caroline de Toni (PSL-SC), Carla Zambelli (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Aline Sleutjes (PSL-PR).
Surpresa
Aline disse que foi pega de surpresa e soube pela mídia da quebra do sigilo bancário. “Não chegou notificação em lugar nenhum, nem em Brasília, nem em Castro na minha casa, então, que Brasil é esse que nós vivemos onde alguém ‘investigado’, fica sabendo pela mídia da quebra do sigilo bancário?”, indaga.
Sobre a motivação da ação do ministro Alexandre, Aline diz que crê que tudo isso veio por conta das últimas manifestações que aconteceram em favor de Bolsonaro no país. “Creio que isso se deve ações que eles chamam de ‘antidemocráticas’. Mas eu não paguei ninguém, nunca patrocinei nenhum tipo de ação ilegal, não tenho nada para esconder. Nunca desmoralizei ou fiz algo inconstitucional contra o STF ou o Congresso. E para piorar, quase todo dia alguém conservador, de direita tem a casa invadida, o celular confiscado, entre outras ações. Como eu disse em outra entrevista, a pior ditadura é a do judiciário, pois contra ela não há como recorrer”, enfatiza.
Aline ainda afirma que vários colegas advogados já se ofereceram para auxiliá-la. “Vários colegas me procuraram para me auxiliar juridicamente, então amanhã já estarei entrando em contato com alguns deles”, completa.
STF
A parlamentar ainda fala sobre as posições atuais do STF e dos colegas notificados. “Sinceramente, o STF tem nos frustrado em alguns posicionamentos. Amanhã faremos um contato para ver as questões jurídicas, se será um advogado para o grupo todo que teve o sigilo quebrado ou não. Mas nenhum dos dez teve uma notificação oficial ainda”, conclui
‘O Centrão’
Sobre o apoio de alguns parlamentares do chamado ‘Centrão’ ao governo Jair Bolsonaro, Aline enfatiza a importância destes deputados para as votações na Câmara Federal. “Quem elegeu esses deputados, é bom lembrar, não foi o presidente Bolsonaro. Vários destes já apoiavam o presidente na época da eleição, muitos desses já demonstram apoio de longa data no Congresso Nacional. E neste momento precisamos da maioria dos votos, para poder trabalhar e ajudar o povo, para que as coisas saiam do papel”, diz a parlamentar.
A oposição
Sobre a dificuldade de lidar com os partidos de esquerda e de oposição, a deputada diz aguardar ansiosamente o dia que os políticos pensem mais no Brasil e não apenas em ideologias e extremismos. “Eu gostaria de um dia ver essa visão global, de povo, de Brasil, ou seja, os parlamentares de oposição apoiando as boas pautas do governo, independente de ideologia, mesmo tendo outra ideia, sendo de um outro grupo. Há que construir, pois muitas vezes o radicalismo não nos leva a nada. A vida da gente continua, eu não sou extremista, doente, tenho também os meus ponderamentos”, relata.
Veja a entrevista na íntegra:
Por: Matheus Fanchin/Imagem/Vídeo: D’Ponta News