A perícia médica oficial da Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta quadro de hérnia inguinal bilateral. O laudo classifica a necessidade de cirurgia como eletiva, mas ressalta o caráter de "urgência relativa" para evitar o agravamento do estado de saúde.

O que diz a perícia

O documento detalha que a condição clínica provoca dores e desconforto ao ex-presidente. Os peritos alertam que, sem o tratamento adequado, o quadro pode evoluir para o estrangulamento das alças intestinais. A recomendação médica indica que o reparo cirúrgico não deve sofrer adiamentos indefinidos, dada a progressão dos sintomas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu o resultado da perícia. Ele solicitou o exame para fundamentar a análise sobre o pedido da defesa, que requer a transferência de Bolsonaro para uma unidade hospitalar. Cabe a Moraes definir se autoriza o procedimento e as condições para eventual internação ou prisão domiciliar humanitária.

Defesa cita dores intensas

Advogados do ex-presidente argumentam que o problema de saúde piorou nas últimas semanas. A defesa relata aumento da dor na região da virilha, intensificada por crises de soluço que elevam a pressão abdominal. O pedido inclui autorização para internação de cinco a sete dias em Brasília, visando corrigir as hérnias e tratar os soluços crônicos.

Relatórios médicos anexados ao processo descrevem a saúde de Bolsonaro como complexa. Especialistas apontam que, apesar de ser um procedimento comum, a hérnia inguinal exige atenção rápida em casos de dor aguda para prevenir emergências médicas.