Segunda-feira, 14 de Outubro de 2024

Ponto de Vista: Gerente de projetos da Secom detalha investimentos do governo federal no PR

2024-01-13 às 15:27

Em entrevista exclusiva ao Ponto de Vista, programa apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (13), o gerente de projetos da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Cleberson Marcon, apresentou dados sobre os investimentos do governo federal no Paraná. Ele iniciou o bate-papo falando sobre o processo de comunicação e agradeceu ao ministro Paulo Pimenta. “Tenho a honra e o privilégio de servir o meu país com o comando do presidente Lula e a coordenação do ministro Pimenta. Ele tem a sensibilidade dos problemas do nosso povo. Chega muito cedo no Palácio do Planalto e é um dos últimos a sair. Está todos os dias junto do presidente Lula para conduzir os rumos do país. O ministro Pimenta é uma grande liderança e nós temos aprendido muito com ele”, aponta.

Ao comentar sobre o trabalho na pasta, Marcon afirma que há um pensamento para a regionalização da comunicação. “Para comunicar no Paraná nós precisamos dos paranaenses, do jeito de falar de falar e fazer. Lá na Bahia precisa do jeito dos baianos. A gente recebeu uma nova orientação que é comunicar e falar a linguagem de cada estado, do que está acontecendo e o que o governo federal está fazendo”, destaca.

Além disso, outra demanda repassa pela administração federal é trabalhar para o povo brasileiro como um todo, independente de posicionamentos políticos adotados por representantes de estados. “Nosso papel, do governo federal, do presidente Lula, dos ministros, dos órgãos federais, é trabalhar. Vou dar um exemplo do meu estado, Santa Catarina. Em 2022 foram investidos R$ 260 milhões nas rodovias. No ano de 2023, o governo do presidente Lula investiu R$ 1 bilhão e foi executado, pago, enfim. O que a gente pensa sobre essa situação: a gente precisa trabalhar para resolver os problemas que por ventura tenham os estados do sul do país. O povo vai avaliar, com o passar do tempo, vai retomando sua consciência, vai ter instrumentos para comparar o que A fez e o que B fez e a gente vai trabalhar”, pontua.

Durante a conversa, o gerente de projetos falou também sobre a gratidão que a população brasileira sente com relação a Lula. Ao contar um pouco de sua própria história, Marcon ressaltou a importância que um projeto implantado pelo presidente: o ProUni. “Meus pais trabalhavam na roça. Cresci com o sonho que queria mudar aquela realidade de dificuldade. Muito cedo identifiquei que para eu mudar aquela realidade eu precisava estudar para ter uma vida um pouco mais digna”, relata.

Durante o primeiro mandato, Lula instalou diversas políticas para expandir o acesso ao ensino superior, o que impactou na vida do entrevistado. “Isso transformou minha vida. Eu consegui estudar, me formar, construir uma carreira profissional e hoje tenho a honra e o privilégio de estar aqui trabalhando na Secom por conta que pude estudar. Quantos jovens e pessoas que estão nos ouvindo tem essa vontade de estudar e transformar sua vida a partir do ensino superior?”, reflete. Durante a entrevista, Marcon conta ainda que sua esposa também conseguiu a graduação através do ProUni.

“Às vezes, alguns não entendem o que o presidente Lula significa na vida de muitas pessoas. Ele significa que o jovem vai estudar na universidade, que o trabalhador vai ter um salário melhor, que uma família vai conseguir ter sua casa própria, que as pessoas vão comer melhor, vão poder viajar”, afirma.

Investimentos

Para o entrevistado, o ano de 2023 foi o de “plantar” enquanto que 2024 será o ano da “colheita”. “O presidente Lula, sua equipe, ministros e o governo federal plantou muitas coisas. A gente começou a colher ainda no ano passado e 2024 acredito que vai ser um ano de bons frutos. No ano de 2023 o presidente retomou o Mais Médicos. No Paraná são 1.200 médicos que vão atender a população no sistema público de saúde com a volta do programa. O Farmácia Popular voltou e no mês de novembro foram 750 mil pessoas no estado que foram beneficiadas. Lula retornou com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com o Minha Casa Minha Vida, para fazer unidades habitacionais no Paraná. A gente retomou a política de valorização do salário mínimo, que é você reajustá-lo permitindo que o trabalhador tenha poder de compra. A questão de política de preços dos combustíveis, que o presidente Lula falava que iria “abrasileirar” o preço e as pessoas não entendiam naquele momento e ele fez. Hoje a gente tem combustível mais barato. Isso impacta em toda a cadeia produtiva porque a gente tem no Brasil um sistema essencialmente rodoviário de transporte e fretes. O preço dos combustíveis impacta muito no preço final dos produtos. A gente teve também um programa, o Desenrola. São R$ 34 bilhões renegociados, já são mais de 11 milhões de brasileiros que puderam voltar a consumir”, afirma. Em complemento, ele aponta que o PAC será uma dos responsáveis por gerar empregos e investimentos de até R$ 1,7 trilhão.

Além disso, Marcon destacou outros setores que o governo federal tem injetado recursos, como o agronegócio, educação, infraestrutura e saúde. “A produção de alimentos, seja ela para consumo interno ou exportação, é fundamental. No Plano Safra 2023/2024, até o mês de novembro e início de dezembro, foram celebrados 178 mil contratos. O Pronaf celebrou 178 mil contratos no Paraná desembolando um valor de quase de R$ 45 bilhões”, destaca.

Já na saúde, o gerente de projetos aponta a importância da retomada do Mais Médicos e da expansão do Farmácia Popular, tanto no Paraná quanto no território nacional. “Tem mais de 1.200 médicos. Foram habilitadas mais de sete novas unidades básicas de saúde em todo o estado do Paraná. Teve o programa Brasil Sorridente, o SAMU, Programa de Saúde Mental e programa nacional de redução de filas de cirurgias eletivas. A gente teve um repasse de R$ 170 milhões para hospitais e entidades filantrópicas de todo o estado que atendem via SUS. Teve o Farmácia Popular que foram 750 mil pessoas beneficiadas no mês de novembro”, adita.

Ao ser questionado sobre a infraestrutura, Marcon aponta que os recursos, em especial os provenientes do PAC, serão destinados para rodovias e obras, como a restauração da Ponte Ayrton Senna, a construção do Contorno Leste de Guaíra, duplicação da BR-163 e 277, bem como obras no Contorno Sul de Maringá e na BR-163, na região central do estado, entre outras.

Na educação, o gerente destaca a retomada do ProUni, cuja estimativa é atender 10 mil estudantes no Paraná. Ainda no âmbito educacional, cultural e turístico, Marcon apontou o Voa Brasil, que irá permitir que estudantes do ProUni e aposentados possam viajar com passagens a preços acessíveis, mas que deve ser expandido posteriormente para beneficiar outros setores da sociedade brasileira.

Para o gerente de projeto, o futuro para paranaense é promissor. “O Paraná tem lideranças muito grandes alinhadas com o presidente Lula e que têm voz ativa no governo e compromisso com o povo brasileiro. Exemplo é a deputada Gleisi [Hoffmann], que é uma batalhadora pelo estado, ex-senadora, deputada federal, uma pessoa fantástica, que tem influência no governo e que também trabalha incansavelmente pelo povo do Paraná”, afirma.

Já no cenário internacional, Marcon aponta que Lula já tem recuperado o prestígio de outrora. “O Brasil entrou mais uma vez na lista das dez maiores economias. Lula é presidente do Brasil, do Mercosul, do G20. Ele recolocou o país no cenário internacional. Hoje, os países reconhecem a liderança do presidente como um interlocutor regional na América do Sul e mundial. O fato de o presidente ter recuperado e colocado o Brasil no seu devido lugar no cenário internacional, com seu protagonismo, faz com que a economia cresça, que se crie um ambiente com maior estabilidade política, econômica, jurídica para atrair novos investimentos. A economia cresceu na casa dos 3%, quando todo mundo dizia no começo do ano que não ia crescer 1%. O emprego e a inflação reduziram. O presidente Lula é o grande avalista desse novo momento que estamos vivendo. A inflação dos alimentos é a menor nos últimos cinco anos. A gente chegou a ter inflação de 14% em 2020. Em 2022 foi quase 15% de inflação, agora estamos fechando a inflação dos alimentos em 2%. O Brasil está no rumo certo e acho que a gente vai colher muita coisa boa agora em 2024”, finaliza.

Confira abaixo a entrevista na íntegra: