A possibilidade de votação da PEC nesta semana já havia sido levantada mais cedo pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que se reúne na tarde desta segunda-feira com lideranças da Casa para discutir o tema.
“Sim, amanhã em plenário”, disse Barros à Reuters quando perguntado sobre a data de votação da PEC. Segundo duas fontes ouvidas pela reportagem, a intenção de Lira, ao tentar votar a proposta, é dar ao plenário a última palavra sobre o tema e “enterrar” de vez o assunto.
O deputado, de fato, defendeu mais cedo que o resultado da votação seja acatado e respeitado pelos demais Poderes. Também adiantou que a PEC deve ser derrotada, uma vez que a maioria dos partidos políticos se opõe à proposta.
A PEC foi rejeitada na última semana em comissão especial da Câmara por 23 votos a 11, mas Lira fechou acordo com o presidente Jair Bolsonaro para levar o texto ao plenário, em troca de o presidente aceitar o resultado.
Como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), para a mudança ser aprovada precisa do apoio de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação e depois, também em duas rodadas, os votos de 49 dos 81 senadores.