há 15 horas
Amanda Martins

O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu, por unanimidade, pela perda do posto e da patente do major Leonardo Machado de Azevedo, do Exército Brasileiro. O oficial foi condenado a 10 anos e 6 meses de prisão por envolvimento em um esquema de desvio e falsificação de registros de armas e munições pertencentes à Força.
De acordo informações do portal Metrópoles, no processo, Azevedo inseriu informações falsas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), registrando como “sem origem” cinco armas de fogo, entre elas pistolas Glock calibres .40, 9 mm e .45, uma pistola IMI 9 mm e uma carabina/fuzil Imbel calibre 7,62 x 51 mm. Os crimes ocorreram em 2016, quando o major atuava como adjunto do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 11ª Região Militar (SFPC/11), em Brasília.
Segundo o STM, o objetivo do militar era dar aparência de legalidade a armamentos ilícitos, em total desvio das funções do órgão responsável pelo controle de produtos controlados. A decisão de expulsão foi referendada apenas nesta semana.
Além disso, Azevedo foi condenado por peculato-desvio, após se apropriar de um revólver Taurus calibre .38 que havia sido doado por um coronel da reserva ao Curso de Infantaria da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). O major vendeu a arma a um primeiro-tenente por R$ 1 mil, valor que foi depositado diretamente em sua conta bancária.
Durante buscas em sua residência, foram encontradas centenas de munições compatíveis com armamentos desviados e não recuperados, reforçando, segundo o tribunal, a intenção de uso e ocultação ilícita do material bélico.
Na avaliação do STM, Leonardo Azevedo montou um esquema para “esquentar” armas clandestinas, utilizando registros falsos no Sigma e emitindo Certificados de Registro de Arma de Fogo (Craf) com dados adulterados. A condenação e a perda da patente marcam o encerramento definitivo de sua carreira militar.