há 8 horas
Amanda Martins

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin concedeu, nesta quinta-feira (27), mais cinco dias para que três investigados no processo que apura suposto esquema de corrupção envolvendo deputados do Partido Liberal (PL) apresentem suas defesas finais. A ação é a última etapa antes do julgamento.
Além disso, Zanin pediu ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Flávio Dino, que indique as datas para o julgamento, que entra agora em sua fase conclusiva. Na investigação, foram denunciados os deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE).
Segundo informações do portal Metrópoles, os réus que ainda não apresentaram manifestação são Antonio José Silva Rocha, ex-prefeito de Água Doce (MA), Adones Gomes Martins e Abraão Nunes Martins Neto. Segundo a Polícia Federal (PF), eles atuavam como “braços armados” do deputado Josimar Maranhãozinho e de Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan. Com a decisão, o trio tem prazo improrrogável de cinco dias para responder.
Zanin destacou que, caso não haja manifestação dentro do prazo, o processo será encaminhado à Defensoria Pública da União ou a um advogado nomeado pelo STF. Todos os demais réus já apresentaram suas defesas finais, assim como a Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação.
A investigação é baseada em apurações da Polícia Federal sobre a venda ilegal de emendas parlamentares. Segundo a PF, Maranhãozinho liderava uma organização criminosa que comercializava emendas junto a prefeituras do interior do Maranhão. O esquema envolveria parlamentares, agiotas e intermediários armados. A denúncia aponta que, em 2020, os então parlamentares solicitaram propina de R$ 1,6 milhão ao prefeito de São José do Ribamar (MA) para destinar R$ 6,6 milhões em emendas à cidade, episódio comunicado às autoridades pelo próprio gestor municipal.