Na tarde desta segunda-feira (7), aconteceu de modo remoto, a assinatura do protocolo de intenção do consórcio de Intercooperação na fábrica de malte, formado por seis cooperativas dos Campos Gerais, com a Prefeitura de Ponta Grossa e o Governo do Paraná. A estimativa é de gerar mais de seis mil empregos diretos e indiretos e de investimentos de aproximadamente R$ 3 bilhões, até 2032. A planta começará a ser erguida ainda esse ano, em uma área às margens da PR-151, em direção a Castro.
Segundo a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schimdt, que esteve à frente das tratativas com as cooperativas, Ponta Grossa está dando um importante passo para a consolidação do Distrito Industrial Norte, com mais uma importante indústria se instalando na cidade. “Esse é um momento histórico para Ponta Grossa e que culminará na mudança de vida de milhares de pessoas. Estamos muito felizes em contar com a confiança das cooperativas e também com o apoio e a parceria do governo do Paraná nesse movimento de progresso permanente. Ponta Grossa ganha, a região ganha, os paranaenses ganham”, salienta Elizabeth.
O governador do Paraná, Ratinho Jr, disse que a atual gestão quer transformar o Paraná não em um estado agrícola, mas no maior estado no setor de agroindústria. Segundo ele, o objetivo é industrializar cada vez mais o que é produzido no campo. “Este é um projeto que não nos faz autossuficiente nesta produção, mas nos coloca em uma independência pela necessidade da importação, em um setor que vem crescendo e que gera muito emprego”, disse Ratinho Jr.
O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, disse que o momento é histórico para Ponta Grossa e para o Paraná, porque trata-se de um investimento milionário e toda a região ganha com essa grande conquista.
Representando as cooperativas, o presidente da Agrária, Jorge Karl, disse que a maltaria é uma iniciativa feita a várias mãos. Ele relata que o projeto conta com seis cooperativas e mais de 2 mil cooperados, no que vai do centro-sul até perto do norte do Paraná. “Escolhemos Ponta Grossa para o projeto devido a muitos estudos, porque a cidade é privilegiada no quesito logístico, temos um terreno muito bem situado e fomos muito bem recebidos pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Ponta Grossa”, disse Karl, salientando que a maltaria já nasce robusta, considerando que a Agrária já tem expertise em relação à cevada e uma significativa carteira de clientes.
O presidente da Câmara, Daniel Milla, comenta que o investimento é muito significativo para o município, principalmente no momento delicado em que estamos vivendo, devido à pandemia do novo coronavirus, de forma que é muito importante a geração de riquezas, renda e postos de trabalho. “O governador Ratinho Júnior sempre deu este apoio para Ponta Grossa, não é a toa que a cidade é vista como querida pelo governador. A prefeita também foi muito importante nesta articulação, por isso, a Câmara também fará a sua parte. Se depender da Câmara Municipal este investimento já está concretizado”, adianta Milla.
Investimentos
O investimento previsto para a instalação da maltaria na cidade é de R$ 3 bilhões em duas fases, isto é, a primeira fase entre 2021 a 2028 e a segunda entre 2028 a 2032. A área cultivada prevista é de 60 mil ha e de área construída de 60 mil m² na primeira fase. As cooperativas assumiram o compromisso de mais algumas contrapartidas, como a geração anual de R$ 100 milhões de ICMS na primeira fase e de R$ 200 milhões na segunda fase, bem como, a geração de 3.100 empregos diretos e indiretos na primeira fase, mais 3.050 na segunda. Além disso, foi firmado o compromisso de construção de trincheira na PR-151 para acesso às instalações fabris do Distrito Industrial Norte e retorno.
O malte no Paraná e nos Campos Gerais
Instalada em Guarapuava, na Região Central, a Agrária lidera o pool de cooperativas responsáveis pelo investimento, que conta ainda com a participação da Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e a Frísia (Carambeí). Somadas, elas apresentaram um faturamento de R$ 16,4 bilhões em 2020.
O Paraná é o principal produtor de cevada do Brasil. Em 2019, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, o Estado foi responsável por 54% de toda a área da cultura no País, com 60.300 hectares, 8% maior que em 2018. Foi responsável por 60% de toda a produção, com 241.500 toneladas do grão, um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
da Assessoria