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Campos Gerais

Projeto "A Glória do Meu Quilombo" leva educação antirracista para escolas dos Campos Gerais

As atividades educativas e antirracistas ocorreram na segunda quinzena de novembro, e fechou o mês impactando aproximadamente 1800 estudantes

há 3 horas

Assessoria

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Projeto "A Glória do Meu Quilombo" leva educação antirracista para escolas dos Campos Gerais
Foto: Divulgação
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O mês que exalta a cultura negra afro-brasileira foi diferente para algumas escolas dos Campos Gerais neste ano. O projeto “A Glória do Meu Quilombo: a importância de Carolina Maria de Jesus” chegou até as comunidades escolares de 15 colégios públicos do Estado do Paraná. As atividades educativas e antirracistas ocorreram na segunda quinzena de novembro, e fechou o mês impactando aproximadamente 1800 estudantes em Castro, Piraí do Sul, Palmeira, Tibagi, Imbituva e Carambeí.

De acordo com a idealizadora do projeto, Ligiane Ferreira, esta edição adicionou novas percepções e contribuições ao processo de educação antirracista, tema que move o coletivo. Segundo a educadora e multiartista, ao longo dos encontros foi possível confirmar a importância de estar presente em sala de aula, com os jovens, constantemente e também no Novembro Negro. “Ainda há muito a caminhar, há muito a discutir sobre o assunto, porque ainda encontramos alguns equívocos a respeito do pensamento afrocentrado. Há dúvidas como sobre o que é a homenagem ao povo negro, como que se faz isso, as obras que a gente escolhe, como abordar o tema na escola. Neste sentido, a palestra cumpre o papel que ela estabelece, que é a de levar informação, o letramento racial, a consciência do que é a luta do povo negro, o que é a ancestralidade e a nossa história”, comenta a ativista.

Ao longo dos encontros, a equipe formada 100% por mulheres contou a história da escritora Carolina Maria de Jesus associada à história do ‘Quilombo Sutil’, comunidade e território quilombola localizados em Ponta Grossa. Mesmo atravessados pelo racismo, e outras violências sociais, as duas trajetórias são representadas neste projeto destacando as narrativas de vida da escritora e compositora, ao mesmo tempo em que reforça o dever social de resgatar a memória da população negra e sua contribuição para a formação social das cidades paranaenses.

Ao analisar a passagem do projeto pelas escolas ao longo do ano, principalmente nas últimas duas semanas de novembro, Ligiane percebe o quanto ações como de a “A Glória do Meu Quilombo” são necessárias em salas de aulas. “A gente acaba esquecendo que essa é uma parte da história do Brasil. A gente sabe e lembra o que aconteceu, mas também acabamos não refletindo que isso foi um período horroroso na nossa história – e precisamos avançar nesse debate. É quando vamos para as escolas que vemos a potência do projeto, a necessidade de estarmos ali, falando do que a gente se propõe”, destaca a artista e educadora.

Educação antirracista na prática

Em Carambeí, entre as unidades escolares visitadas, a equipe do projeto encontrou algo que emocionou: “trabalhos lindos” sobre o Dia da Consciência Negra, valorizando personalidades negras que marcaram a história do Brasil e do mundo.

“Chegar às escolas do interior e ver a ancestralidade sendo tratada com respeito, profundidade e protagonismo é entender que a educação está abrindo caminhos reais de transformação”, destacam as integrantes do projeto. “Não se trata apenas de aparência, folclore ou símbolos soltos — mas de reconhecer que o povo negro construiu este país e merece ser estudado como parte essencial da nossa história”, ressalta Ligiane Ferreira.

Para o professor de História no Colégio Cívico Militar Eurico Batista Rosas, os temas abordados durante a palestra dialogaram diretamente com os conteúdos trabalhados em sala de aula. Rogério Martins também observou que o vídeo apresentado sobre o Quilombo Sutil permitiu aos alunos vislumbrar uma parte do cotidiano em uma comunidade quilombola contemporânea. Para ele, a experiência promovida pela “Glória do Meu Quilombo” fortalece o compromisso com uma educação antirracista, plural e transformadora.

“A atividade reafirma a importância de práticas pedagógicas comprometidas com a desconstrução de narrativas eurocêntricas, o estímulo ao pensamento crítico e a promoção da leitura e da escrita com intencionalidade”, destaca Martins.

Esta edição do projeto é uma produção de Ligiane Ferreira e Inspire Projetos Criativos; aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Paraná, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura - Ministério da Cultura - Governo Federal.

Para saber mais sobre o projeto, siga “A Glória do Meu Quilombo” no Instagram: @a_gloria_do_meu_quilombo ou www.instagram.com/a_gloria_do_meu_quilombo

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