Mais de 45 mil pessoas acompanharam os concertos da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) ao longo de 2025, ano em que a instituição celebrou seus 40 anos de trajetória. As comemorações se encerram no dia 30 de novembro (domingo), às 10h30, com um concerto especial no Teatro Guaíra, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão).

Os ingressos estão disponíveis por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada), tanto na bilheteria do teatro quanto pelo DiskIngressos. A apresentação tem classificação indicativa de 7 anos e conta com apoio do Instituto de Apoio à Orquestra Sinfônica do Paraná (IAOSP).

Segundo informações da agencia estadual do Paraná, o programa reúne grandes nomes do romantismo europeu, destacando a leveza, dramaticidade e grandiosidade características do período. A abertura será com a Dança Eslava nº 4, de Antonín Dvořák, inspirada nas tradições folclóricas da Boêmia. Conhecida como uma “Sousedská”, a peça apresenta andamento suave e balanceado, criando uma atmosfera graciosa que marca as Danças Eslavas do compositor.

Na sequência, a OSP executa “Os Prelúdios”, de Franz Liszt, um dos mais célebres poemas sinfônicos do repertório orquestral. A obra propõe uma reflexão musical sobre temas como vida, amor, combates e conquistas.

O encerramento do concerto traz a monumental Sinfonia nº 9 “Do Novo Mundo”, também de Dvořák, escrita durante sua estadia nos Estados Unidos e reconhecida pela fusão entre melodias americanas e raízes tchecas.

“Para fechar este ciclo, apresentamos a Sinfonia do Novo Mundo, de Dvořák, acompanhada dos prelúdios de Liszt, em um programa belíssimo e emocionante”, destaca o maestro titular e diretor musical Roberto Tibiriçá, que conduz o último concerto da temporada no palco do Guairão.

Compositores em destaque

Antonín Dvořák (1841–1904), um dos maiores representantes do romantismo tcheco, notabilizou-se pela combinação de elementos folclóricos de sua terra natal com uma linguagem musical universal. Entre suas obras mais conhecidas estão a “Sinfonia do Novo Mundo”, o “Concerto para Violoncelo” e a ópera Rusalka.

Franz Liszt, pianista e compositor húngaro, é considerado o criador do poema sinfônico, gênero inovador que impulsionou a música orquestral no século XIX. Les Préludes, o mais famoso de seus 13 poemas sinfônicos, nasceu como abertura de um ciclo coral e foi posteriormente revisado para se tornar peça orquestral independente.

Ano de celebrações

O maestro Tibiriçá destaca que 2025 foi um ano especialmente marcante para a orquestra. “Comemorando seus 40 anos, realizamos, após muitos anos, uma turnê para São Paulo, com apresentações na Sala São Paulo e no Festival Campos do Jordão, além de Belo Horizonte, na Sala Minas Gerais. Também apresentamos a icônica Segunda Sinfonia de Mahler, com quase 200 músicos no palco”, relembra.

A execução da Sinfonia nº 2 “Ressurreição”, de Gustav Mahler, em maio, foi um dos pontos altos das celebrações. A performance reuniu orquestra, coro e solistas em uma das apresentações mais memoráveis da história da OSP. O concerto foi registrado pelo IAOSP e está disponível no canal oficial da instituição no YouTube.

Próximas apresentações

Após o encerramento da temporada, o público poderá acompanhar a última edição de 2025 da série “Mostly Mozart – OSP no Museu Oscar Niemeyer”, no dia 6 de dezembro (sábado), às 16h, com regência do spalla Ricardo Molter. A entrada é gratuita.

A programação anual do Centro Cultural Teatro Guaíra termina com o tradicional “O Quebra-Nozes”, de 12 a 16 de dezembro, reunindo a OSP e os demais corpos artísticos da instituição.