Está comendo mais do que antes? Tem o hábito de recorrer à comida ao se sentir triste ou alegre? Costuma procurar petiscos após um pequeno intervalo da última refeição?
Para a especialista em obesidade, Edivana Poltronieri, as respostas para essas perguntas podem detectar a motivação para a fome que a pessoa está sentindo, se é comportamental, emocional ou física. “A nossa rotina é, geralmente, regida por hábitos e emoções que influenciam muito a nossa alimentação. Esses fatores têm conexão direta com o que comemos e a frequência com que fazemos isso. Entender cada caso pode ajudar a detectar o tipo de fome e a controlar os impulsos”, explica Poltronieri.
Fisioterapeuta de formação, Edivana Poltronieri não é apenas a criadora do 5S Estilo de Vida, mas também a primeira paciente do programa. Essa é uma das razões pelas quais o 5S inspira tanta confiança em quem se inscreve: Edivana sabe os desafios e as necessidades de quem quer emagrecer rápido e, acima de tudo, como vencê-los!
Cansada de fazer dietas e buscando emagrecer rápido e definitivamente, Edivana criou o 5S Estilo de Vida em 2015. Ex-obesa grau II, resolveu utilizar sua formação profissional e acadêmica para elaborar o que, mais tarde, viria a se tornar o 5S Estilo de Vida. Todas as etapas do programa aplicado em si, ajudaram a empresária a emagrecer rápido cerca de 24 quilos.
Entenda as 3 principais motivações para a fome
Comportamental – É a fome guiada por hábitos. “O corpo não sente a necessidade de comer, mas o cérebro manda uma mensagem, programada por nossos hábitos, de que está na hora de se alimentar, mesmo se a última refeição aconteceu em pouco tempo”, explicou a especialista.
Para este caso, Poltronieri diz que a solução é estabelecer novos hábitos. “Não é fácil, mas é possível. O cérebro se acostuma com tudo o que é imposto a ele. Por exemplo, se o emprego exige que a gente passe a acordar em um horário que não estamos acostumados, nos primeiros dias talvez precisemos da ajuda de um despertador, mas logo passaremos a despertar sozinhos. Isso acontece porque reeducamos o corpo. Com a alimentação não é diferente. A adaptação é desafiadora, mas o corpo logo vai processar de forma natural o novo hábito”.
Emocional – “A fome surge em picos de tristeza ou alegria. A comida pode servir de consolo ou de recompensa. Esse descontrole não tem relação com os hábitos, mas com impulsos. O corpo não está com fome, mas a pessoa precisa comer, e geralmente é sempre alimentos bem gordurosos, para se sentir aliviada emocionalmente. Porém, logo depois, chega o sentimento de culpa e esse ciclo, a longo prazo, faz com que a pessoa crie uma relação negativa com a comida”, explicou a especialista.
Física – Surge por sinais físicos, como estômago roncando. Nesse tipo de fome, a pessoa entende quando é o momento de parar e consegue avaliar com calma as opções que têm no cardápio. Não é a fome movida por impulsos, mas sim por satisfação.
Fomes na quarentena
De acordo com a especialista em obesidade, após três meses de confinamento é normal o surgimento de novos hábitos alimentares, saudáveis ou não. “Ansiedade e estresses já estavam entre as doenças do século antes do confinamento, mas foram agravadas durante este período. Por termos acesso a comida com mais facilidade, fica mais difícil controlar a fome emocional”, explica.
Poltronieri também aconselha sobre os serviços de delivery. “Os aplicativos de comida são práticos, mas podem nos deixar mais suscetíveis a alimentos processados e calóricos. Por isso, eu indico que seja feita uma programação para as refeições da semana, como almoço e jantar. Deixar as refeições prontas e congeladas diminui as chances de maus hábitos alimentares”.