Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024

Estado do Paraná se preocupa com a totalidade da saúde feminina

2020-03-16 às 11:48
Meditating woman sitting in pose of lotus against clear sky outdoors

A vida da mulher é compreendida pela Secretaria de Estado da Saúde como um ciclo de cuidados com a saúde. “A atenção e o cuidado em relação à saúde têm início já na vida sua intrauterina, segue passando pela infância, adolescência, período adulto e até o seu envelhecimento. São programas e ações voltados para as peculiaridades e necessidades do público feminino”, explica o secretário da Saúde, Beto Preto.

Quando a gravidez é identificada, inicia-se a etapa de cuidados pré-natais da gestante, é a linha de cuidado à Saúde da Mulher e Atenção Materno Infantil. Neste momento, a mulher acessa os serviços de saúde para receber o acolhimento, atenção e assistência necessários para o próprio bem-estar e do seu bebê.

As ações fundamentais que contemplam a gestante são: o acolhimento precoce no pré-natal, a realização de no mínimo sete consultas, a realização de exames nos três trimestres gestacionais, a estratificação de risco com a vinculação ao hospital de referência, o atendimento em ambulatório especializado para as gestantes e crianças de risco, bem como o processo de capacitação de profissionais de saúde. Para acompanhar todo o período, a grávida recebe a carteira da gestante que a acompanhará do pré-natal ao puerpério (momento que se estende 42 dias após o parto).

“A estratificação de risco tem como objetivo identificar gravidez de médio e alto risco. Uma vez identificado e qualificado o risco da gestação, esta grávida tem o acompanhamento diferenciado pela sua condição e, dessa forma, atuamos na redução da possibilidade de intercorrências no período da gravidez até o nascimento dessa criança”, afirma a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da secretaria estadual, Maria Goretti David Lopes.

Entre as gestantes que são atendidas pelo Sus no Paraná, cerca de 15% têm a sua gravidez qualificada como de alto risco. “Reorganizamos o Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal, com isso, teremos mais informações para ações preventivas que evitarão intercorrências para a saúde da mãe e da criança”, explana a diretora Goretti.

Com o trabalho contínuo e de grande alcance nas especificidades do período gestacional com a mulher e a criança, a Razão de Mortalidade Materna (RMM) de 2010 a 2019 apresentou queda de 37,6% e a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) segue o mesmo contexto, apresentando redução de 12,6% no mesmo período. Compreende-se que a queda nos números mostra a melhora da atenção materno infantil.

A linha de cuidado à criança e do adolescente promove a saúde entre o nascimento até os 19 anos de idade. Logo que a criança nasce, são realizados os testes do pezinho, olhinho, orelhinha e do coraçãozinho e os resultados são anotados na Carteira de Saúde da Criança, são ações para identificação de doenças. Neste documento são também  anotadas as vacinas e outras informações pertinentes ao registro do histórico de vida. Entre outras ações que merecem destaque estão o programa de prevenção da obesidade infantil, prevenção de violências, promoção da saúde e cultura de paz.

A vida adulta da mulher é permeada por cuidados que vão desde a orientação ao planejamento familiar à prevenção de doenças e acompanhamento de doenças crônicas. Sesa atua focada nos grupos com as seguintes patologias: Cardiovasculares (cerebrovasculares e isquêmicas e outras vasculares); Neoplasias; Diabetes Mellitus; e Doenças Respiratórias Crônicas (Asma, DPOC).

Para as mulheres, os atendimentos são preventivos e curativos. O Estado tem disponível 20 laboratórios que realizam todos os exames Citopatológicos e Anatomopatológicos de Colo de Útero e Mama, mais dez que realizam exames Citopatológicos de Colo de Útero, nove para Citopatológicos de Colo de Útero e Mama e dois outros que realizam Citopatológicos de Colo de Útero e Mama e alguns Anatomopatológicos de Colo de Útero e Mama, distribuídos no território paranaense.

O cuidado à mulher idosa considera que o envelhecimento é uma condição irreversível, ou seja, a evolução científica proporcionou um avanço na expectativa de vida. De acordo com o IBGE, em dados da projeção da expectativa de vida de dados coletados em 2017, os paranaenses viverão até 77,4 anos em média. No Brasil, a esperança média de vida ao nascer era de 76 anos em 2017. E as projeções indicam aumento intenso e contínuo da população idosa. Nos dias de hoje, de cada dez paranaenses, 1,5 tem mais de 60 anos. Em 2050, três de cada dez paranaenses serão idosos.

O secretário estadual observa que a proporção da população está envelhecendo e que todo o Governo precisa estar alinhado na preparação para a mudança da sociedade. “Queremos unir as secretarias para um atendimento à população que se apresenta: até 2030 teremos mais idosos que crianças/ adolescentes menores que 15 anos no Paraná. Queremos que todas as secretarias, e o nosso governador está conosco, convirjam, pensem e tenham o atendimento ampliado para a população”.

Entre outras ações, a Sesa prima pelo atendimento integral da mulher. “Seja ela uma criança, adolescente ou adulta, grávida ou idosa, a missão da Sesa é cuidar, promover a saúde e acolhida das paranaenses” finaliza Beto Preto.

Imagens: Global Med Clinica /informações: SESA/PR.