Na manhã desta terça-feira (14), o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, explicou o que motivou a paralisação das obras de construção do novo Mercado Municipal e rebateu críticas de que a Prefeitura Municipal teria sido omissa no caso.
Rangel começou explicando que a seleção da empresa responsável pela construção do novo Mercado Municipal seguiu os processos normais do serviço público através da abertura de uma licitação. “A administração pública não pode escolher quem vai fazer aquela obra. Ela faz a licitação e a empresa que ganha legitimamente tem que cumprir os prazos e fazer a obra”, comenta.
A empresa vencedora da licitação, realizada em 2017, foi a Tekla Engenharia e o primeiro passou foi a demolição do antigo edifício que estava deteriorado e abandonado há cerca de 20 anos. “Eles começaram a fazer a demolição, o que foi até benéfico para a cidade, porque ali era ponto de tráfico de drogas”, destaca. Rangel estima que apenas a demolição poderia ter custado cerca de R$ 1,5 milhão para os cofres públicos.
O prazo para a Tekla Engenharia entregar o complexo funcionando é outubro de 2020, porém as obras seguem paradas. “Infelizmente, a empresa teve dificuldades econômicas e não conseguiu realizar a obra nos prazos iniciais. Nós não sabemos exatamente quais foram os problemas financeiros que a empresa teve, isso depois eles vão ter que prestar contas”, conta.
De acordo com Rangel, a Prefeitura fez as devidas notificações, mas o contrato com a empresa permanece vigente “Se eles demonstrarem que têm o recurso e vão realizar a obra, eles ainda estão dentro do contrato”, explica.
Ele acrescenta que a Tekla Engenharia informou que está buscando financiamento através de grandes bancos e agências de fomento para executar a obra. “Se isso realmente se efetivar, é claro que o empreendimento ainda vai sair. Não vai sair no meu governo, mas vai continuar porque o contrato ainda estará vigente”, salienta.
O prefeito garante ainda que não foram investidos recursos públicos na construção do novo Mercado Municipal e que, mesmo com a paralisação das obras, não houve prejuízo para o município “Nós não gastamos nenhum centavo lá, pelo contrário, tudo o que foi feito lá acabou virando investimento privado no município. Se amanhã ou depois virar o mercado não precisa mais ter o investimento com demolição ou se tiver que fazer uma praça, também não tem mais que demolir o prédio antigo”, exemplifica.
Segundo Rangel, as acusações de que a Prefeitura teria sido omissa em relação ao contrato do novo Mercado Municipal são distorcidas. “Isso é politicagem barata e vergonhosa. É distorção para tentar transformar em bandeira política e enganar as pessoas”, dispara. “Essas coisas acontecem no mundo inteiro no serviço publico. A empresa ganha a licitação e tem que realizar a obra, mas se ela não cumprir os prazos têm a rescisão do contrato”, justifica.
As declarações foram dadas durante o ‘Programa Nilson de Oliveira’, apresentado por Rangel na Rádio Mundi FM.
Construção do novo Mercado municipal
As obras do Mercado Municipal de Ponta Grossa seguem paradas. A empresa vencedora da licitação em 2017, Tekla Engenharia, tem o prazo para entregar o complexo funcionando até outubro de 2020, porém o que se vê no local são os entulhos da demolição que ainda não foi concluída. O investimento do empreendimento é de aproximadamente R$ 73 milhões.
O contrato prevê a concessão do uso do espaço por 35 anos e depois o edifício volta a ser administrado da Prefeitura Municipal.