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Heryvelton Martins

Comunidade escolar, lideranças políticas e oposição realizam um Ato Regional contra a Militarização de Escolas na tarde desta terça-feira (5) em Ponta Grossa. O protesto acontece em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE/PG) a partir das 14h, visando pressionar contra a adesão de quatro colégios estaduais ao modelo cívico-militar.
Os colégios estaduais de Ponta Grossa envolvidos no debate sobre a militarização são o Professor Meneleu de Almeida Torres, o Instituto de Educação, o Presidente Kennedy e o Monteiro Lobato. Estes quatro estabelecimentos de ensino estão incluídos na lista mais recente da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) para passar por uma consulta pública junto à comunidade escolar.
O processo de consulta para que estas escolas adotem o modelo cívico-militar está previsto para ocorrer nos dias 17 e 18 de novembro. A inclusão das instituições se dá em meio à continuidade e expansão do programa de Colégios Cívico-Militares pelo Governo do Paraná, que sancionou uma lei (Lei nº 22.741/2025) que permite a adesão de escolas de tempo integral ao modelo a partir de 2026.
A manifestação, que deve contar com a participação de representantes como o político Guilherme Mazer (PT), reforça o posicionamento de grupos contrários à medida, que adotam o slogan “Não é Não! Respeitem a decisão da nossa escola”. Este movimento acompanha as críticas de entidades sindicais e da oposição, que questionam a celeridade e como o programa é implementado. A oposição ao governo do estado chegou a ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a implementação do programa.
Por outro lado, o Governo do Paraná defende o modelo cívico-militar, citando melhorias nos índices de aprendizagem e de desenvolvimento da educação básica (IDEB) das unidades que já adotaram a modalidade. Ponta Grossa já conta com 11 escolas cívico-militares, número que pode subir para 15 com a aprovação da nova proposta.