há 4 horas
Amanda Martins

O Ministério de Portos e Aeroportos homologou, nesta quinta-feira (4), o leilão de concessão do Canal de Acesso Aquaviário ao Porto de Paranaguá, realizado em outubro na B3. Com a decisão, o Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD), formado por FTS Participações Societárias S.A., Deme Concessions NV e Deme Dredging NV, está oficialmente autorizado a assumir a operação pelos próximos 25 anos.
O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, destacou que o modelo de concessão foi resultado de um processo rigoroso de estudos e análises técnicas. “Foi um processo de muito estudo para construir um modelo de concessão que fosse vantajoso para a Portos do Paraná, para os operadores e trouxesse garantia e viabilidade para o concessionário”, afirmou. Garcia celebrou a homologação como um “motivo de orgulho e realização”.
A licitação passou por avaliação criteriosa da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), responsável por validar a regularidade de cada etapa. O secretário estadual de Infraestrutura, Sandro Alex de Oliveira, ressaltou o trabalho conjunto entre Antaq e Portos do Paraná, destacando o protagonismo do Estado. “Hoje somos modelo para o Brasil. Outras concessões semelhantes serão realizadas em Santos, Itajaí, Bahia e Rio Grande”, disse.
Segundo a superintendente de Governança da Portos do Paraná, Bruna Nicolau, o próximo passo será a assinatura do contrato. A partir disso, o consórcio deverá apresentar o projeto de implantação, que inclui levantamentos batimétricos e hidrográficos nos dois primeiros anos, essenciais para avançar na execução das obras.
Os investimentos previstos somam R$ 1,22 bilhão, incluindo alargamento, derrocagem e aprofundamento do canal até atingir calado operacional de 15,5 metros, hoje limitado a 13,3 metros. A mudança permitirá ampliar significativamente a capacidade de embarque, adicionando até mil contêineres ou 14 mil toneladas de granéis vegetais por navio.
Também estão previstas dragagens de manutenção e implantação de novo sistema de sinalização. Durante os cinco primeiros anos, o concessionário será responsável pelo aprofundamento do canal. A tarifa de uso da infraestrutura, paga pelas embarcações, terá redução inicial de 12,63%. A cobrança integral só poderá ocorrer após o cumprimento das metas previstas em edital.