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Paraná

Fim das Apaes? Autoridades do Paraná falam sobre novo decreto do Governo Federal

Nova política federal para educação especial gera reações contrárias de lideranças e entidades paranaenses, que classificam o decreto como um retrocesso e alertam para riscos à autonomia das APAEs e ao atendimento de pessoas com deficiência

há 5 horas

Heryvelton Martins

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Fim das Apaes? Autoridades do Paraná falam sobre novo decreto do Governo Federal
Rita (prefeita de Telêmaco Borba), Plauto Miro (deputado), Flávio Arns (senador), Bazana (deputado estadual), Wilmar Reichembach (deputado estadual) e Romanelli (deputado estadual)
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O Decreto 12.686/2025, publicado pelo governo federal, reformulou toda a política de educação especial e tem provocado reações intensas de autoridades, entidades e sociedade civil no Paraná. A Associação dos Municípios do Paraná (AMP) publicou uma nota pública contrária à medida, reforçada por manifestações de prefeitos e representantes estaduais, como Rita (prefeita de Telêmaco Borba), Plauto Miro (deputado), Flávio Arns (senador), Bazana (deputado estadual), Wilmar Reichembach (deputado estadual) e Romanelli (deputado estadual), além da Federação das APAEs do Paraná e lideranças de municípios como Guaraniaçu.​

Redes Sociais
Legenda: Redes Sociais / Reprodução

Entenda o decreto e os motivos do repúdio

O decreto nº 12.686/2025 substituiu a legislação anterior (Decreto 7.611/2011) e criou a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva. A principal mudança foi condicionar o Atendimento Educacional Especializado (AEE) à integração dos alunos nas classes comuns da rede regular. Assim, instituições especializadas, como as APAEs e entidades congêneres, atuam apenas de forma suplementar, mediante convênios formais com sistemas de ensino. Além disso, há uma alteração nos repasses federais, pois o financiamento das entidades ficou restrito à matrícula dos alunos em escolas regulares, não mais diretamente nas instituições especializadas.​

Leia também: APAEs e entidades de defesa da inclusão repudiam decreto que altera política de educação especial

Esse novo modelo é fortemente criticado pelas entidades paranaenses, pois ameaça a continuidade dos serviços educacionais e terapêuticos. Segundo a AMP e a Federação das APAEs, o decreto ignora décadas de trabalho consolidado em estados como o Paraná, referência nacional em atendimento híbrido e especializado. Deputados estaduais, como Pedro Paulo Bazana, classificam a medida como um retrocesso e defendem que o direito de escolha das famílias seja preservado. Flávio Arns, senador pelo Paraná, anunciou a apresentação de um projeto legislativo para suspender os efeitos do decreto, alegando que ele viola o direito das famílias de escolher o modelo educacional mais adequado.​

A reação envolve ainda abaixo-assinados, manifestações públicas, moções de repúdio elaboradas por parlamentares e mobilização da sociedade civil. Para as autoridades locais, essa mudança pode desestruturar a rede de educação especial e comprometer o acesso à cidadania de milhares de pessoas com deficiência.​

O posicionamento coletivo reflete a preocupação de que o decreto mina a autonomia das instituições e desconsidera as demandas específicas dos alunos, famílias e educadores paranaenses. A defesa do modelo da educação especial praticado no Paraná segue como bandeira das autoridades e entidades estaduais, que buscam a revogação ou revisão urgente do texto federal.

O que diz cada liderança?

A prefeita Rita, de Telêmaco Borba, reforçou total apoio à Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e aos prefeitos que se posicionaram em repúdio ao novo decreto federal. Segundo Rita, o trabalho das APAEs e instituições congêneres é fundamental para acolher e transformar vidas, devendo ser protegido e continuamente valorizado.

O deputado estadual Pedro Paulo Bazana (PSD), reconhecido como um dos principais defensores das escolas especializadas no Paraná, classificou o decreto como um retrocesso no atendimento às pessoas com deficiência. Bazana advertiu para o risco da “canetada” federal desconsiderar a realidade de milhares de famílias e afirmou que “a inclusão exige sensibilidade e diálogo, não imposição”. O parlamentar anunciou manifestações formais junto ao Ministério da Educação e defendeu a manutenção das parcerias entre o Estado e as instituições especializadas, destacando o papel histórico das APAEs na garantia de ensino personalizado.​

No Senado, Flávio Arns (PSB-PR) criticou duramente a norma, apontando que ela representa perseguição às APAEs, Pestalozzis e outras escolas especializadas. Arns ressaltou que o decreto desconsidera legislações que asseguram o direito de escolha das famílias e ignora a diversidade de necessidades de alunos com deficiência, impondo um modelo de inclusão obrigatória sem considerar as situações em que o atendimento especializado é indispensável. Arns apresentou um Projeto de Decreto Legislativo para sustar os efeitos da medida e classificou a postura do governo federal como autoritária e sem diálogo.​

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