há 36 minutos
Heryvelton Martins

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) declarou oficialmente a morte de Isis Victoria Mizerski, adolescente de 17 anos grávida que sumiu em 6 de junho de 2024 na cidade de Tibagi, nos Campos Gerais. A Vara da Família e Sucessões de Tibagi atendeu solicitado do Ministério Público (MP-PR) e autorizou a emissão da certidão de óbito, apesar de o corpo da jovem nunca ter sido localizado.
A decisão ocorre quase um ano e meio após o desaparecimento, que chocou a região e mobilizou forças-tarefas com drones e cães farejadores em áreas de mata.
Marcos Vagner de Souza, vigilante apontado como pai do bebê e principal suspeito, permanece preso preventivamente desde o sumiço de Isis. Ele responde por homicídio triplamente qualificado — por feminicídio, dissimulação e motivo torpe —, ocultação de cadáver e aborto sem consentimento da gestante, com enquadramento em violência doméstica.
A Polícia Civil concluiu as investigações em agosto de 2024, afirmando que Isis foi assassinada, com base em depoimentos, imagens de câmeras, mensagens e provas como lama no carro do réu.
Isis saiu de casa para se encontrar com Marcos após confirmar a gravidez por teste solicitado por ele, e nunca mais foi vista. Buscas intensas ocorreram em julho e novembro de 2024, sem vestígios, enquanto a família lidou com turbulência emocional — a mãe, Flávia Regina Mizerski, chegou a ser internada em UTI com convulsões.
Em junho de 2025, o TJ-PR negou recurso do réu e manteve a pronúncia para júri popular, citando indícios robustos de autoria e materialidade.