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Heryvelton Martins

Prefeito de Maringá, Silvio Barros, embarca para Nairóbi, no Quênia, a convite da ONU-Habitat, como único representante brasileiro na Cúpula das Cidades e Regiões, que discute estratégias urbanas contra mudanças climáticas. O evento, sediado na capital queniana, aborda o pós-COP30 e integra a 7ª Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com foco em governança local e financiamento climático. Em entrevista recente, Barros destacou a relevância da participação, pois 80% das emissões de gases de efeito estufa originam-se de áreas urbanas, exigindo ação imediata de prefeitos.
Barros, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Mitigação Climática da Frente Nacional de Prefeitos, levará cases de sucesso da cidade, como participação em cinco painéis na COP30, em Belém, e eventos anteriores da ONU-Habitat. A ONU arcou com despesas de convites prévios, incluindo passagens, e selecionou Maringá por suas práticas inovadoras em sustentabilidade urbana. Fluente em inglês, requisito para o evento, o prefeito enfatizou que cidades como a paranaense demonstram soluções concretas sem depender exclusivamente de recursos externos.
No painel “Superando Barreiras Financeiras”, Barros defenderá que prefeituras atuem com decisões políticas, como construções carbono-negativas usando madeira engenheirada em vez de concreto, responsáveis por 35% das emissões globais. Ele criticou a inação por falta de verbas, propondo medidas como industrialização de lixo com capital privado para reduzir metano, 20 vezes mais poluente que o CO2. Maringá pioneira na primeira lei brasileira para edifícios carbono-negativos exemplifica essa autonomia.
A Câmara de Maringá aprovou licença para a viagem entre 8 e 12 de dezembro, com vice-prefeita no comando, reforçando o protagonismo local em agendas globais.