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Amanda Martins

O Progressistas do Paraná decidiu, por unanimidade, que não homologará a candidatura do senador Sergio Moro ao governo do Estado pela Federação União Progressistas (UP). O posicionamento foi confirmado nesta segunda-feira (8), em Curitiba, durante reunião que contou com a presença do presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira. Ele reforçou que a condução do processo eleitoral de 2026 caberá exclusivamente ao diretório estadual.
“O partido não vai homologar o nome do candidato Moro e nós temos que dialogar isso com a Federação”, afirmou Ciro. “Eu jamais ficarei contra a decisão do diretório do Paraná”, completou. O dirigente também informou que uma nova reunião deve ocorrer com Ricardo Barros, o presidente Antônio Rueda (União Brasil) e o próprio Moro para discutir os rumos da federação.
Ciro Nogueira ressaltou que qualquer contestação é legítima, mas deixou claro que só haverá candidatura se houver consenso. “É uma situação que vai ter que ser de consenso. Se não tiver consenso, não tem candidatura”, disse.
O deputado federal Ricardo Barros, tesoureiro nacional do Progressistas, também destacou que, após sete meses, não houve avanço no diálogo com o União Brasil no Paraná. Segundo ele, Moro teve oportunidades para conversar com todo o partido, mas não conseguiu adesão interna. Barros ainda alertou que a definição precisa ocorrer rapidamente, já que as chapas para Assembleia Legislativa e Câmara Federal devem estar estruturadas até abril.
A presidente estadual do Progressistas, deputada Maria Victoria, afirmou que a construção com Moro “não avançou” e que a sigla trabalha a possibilidade de lançar candidatura própria ou compor com o grupo do governador Ratinho Junior. Entre os nomes cogitados estão Cida Borghetti, Rafael Greca, Alexandre Curi e Guto Silva.
O encontro contou com a presença de deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores, secretários municipais, pré-candidatos e outras lideranças regionais, demonstrando articulação ampla da legenda em torno da decisão.