A Polícia Civil indiciou uma mulher, de 34 anos, que desviou aproximadamente R$ 16 mil de uma associação filantrópica voltada ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social e com deficiência em Ponta Grossa. De acordo com a corporação, a investigada era presidente da entidade e renunciou ao cargo.

A investigação teve início em setembro deste ano, a partir de uma denúncia anônima sobre irregularidades financeiras na gestão dos recursos da entidade. Segundo o inquérito policial, a presidente realizava saques em espécie da conta da associação e alegava problemas com a instituição bancária que impediriam pagamento eletrônicos. A gestora ainda teria afirmado que perdeu toda documentação relativa ao período de seu mandato, o que gerou desconfiança por parte da diretoria.

Conforme identificado pela Polícia Civil, a presidente movimentou entre fevereiro e junho deste ano, sem justificativa, aproximadamente R$ 16 mil. Integrantes da diretoria da associação também relataram, em depoimento, a ausência de prestação de contas e a centralização das movimentações bancárias pela investigada.

"De acordo com os depoimentos colhidos, após questionamentos internos, a própria investigada teria confessado informalmente a apropriação indevida dos recursos. Diante da descoberta das irregularidades, ela renunciou ao cargo de presidente e se afastou completamente da instituição", conta o delegado Derick Moura Jorge, responsável pela investigação.

Em interrogatório realizado em novembro, a investigada permaneceu em silêncio. A mulher foi indiciada pelo crime de apropriação indébita majorada. O inquérito policial foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MPPR). O nome da associação não foi divulgado.