O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma região do cérebro é interrompido, causando danos neurológicos graves que podem deixar sequelas permanentes ou levar à morte.

Embora o AVC seja uma emergência médica, muitos pacientes apresentam sinais de alerta horas ou até dias antes do episódio, o que torna essencial reconhecer os sintomas precoces para evitar complicações.

Segundo informações do portal do Metrópoles, os sintomas clássicos incluem formigamento, fraqueza em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou perda de visão. No entanto, especialistas alertam que as mulheres podem apresentar manifestações diferentes, o que dificulta o diagnóstico rápido.

“No caso das mulheres, é mais frequente que apareçam sintomas como confusão mental, dor de cabeça súbita e intensa, náuseas, alteração do comportamento ou sonolência. Nem sempre o AVC em mulheres vem com os sinais clássicos, e isso exige mais atenção de todos nós”, explica o neurocirurgião Guilherme Rossoni, da clínica Acolher Ameh, em São Paulo.

O médico reforça que o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento é determinante para reduzir sequelas. “Cada minuto conta. Quanto mais rápido for o atendimento, menor a chance de sequelas irreversíveis”, ressalta.

Como identificar um AVC

Uma forma simples de reconhecer os sinais de um derrame é lembrar da sigla SAMU:

• S (Sorriso): peça à pessoa para sorrir e observe se um dos lados do rosto fica caído.

• A (Abraço): solicite que levante os dois braços; se um deles cair, pode ser sinal de fraqueza.

• M (Música): peça para repetir uma frase ou cantar; a fala arrastada ou confusa é um alerta.

• U (Urgente): em qualquer desses casos, ligue imediatamente para o SAMU (192).

Tipos e fatores de risco

Segundo o neurocirurgião vascular Eduardo Waihrich, do Instituto do Coração de Taguatinga, o AVC é um distúrbio súbito da circulação cerebral, que pode ocorrer por *bloqueio de uma artéria (AVC isquêmico) ou ruptura de um vaso (AVC hemorrágico).

Os principais fatores de risco incluem hipertensão, diabetes, colesterol alto, doenças cardíacas, tabagismo e sedentarismo.

“Esses fatores se acumulam ao longo da vida, aumentando as chances de ter o acidente com o passar dos anos. A cada década após os 60 anos, o risco de AVC praticamente dobra”, explica Waihrich.

Diante disso, médicos reforçam que a prevenção e o reconhecimento rápido dos sintomas são as principais armas para salvar vidas e evitar sequelas.