há 2 horas
Amanda Martins
Apesar dos avanços tecnológicos e da ampla variedade de métodos contraceptivos disponíveis atualmente, o preservativo segue sendo, em 2025, o método mais acessível e eficaz para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e gravidez indesejada. Segundo informações do portal Metrópoles, estudos recentes revelam que o uso do item tem diminuído, especialmente entre os mais jovens.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de preservativos entre adolescentes sexualmente ativos caiu de forma preocupante na última década. Diante desses dados, a empresa sueca LELO, especializada em bem-estar sexual, conduziu uma pesquisa global com seis mil pessoas, de diferentes gerações, da X à Z, para entender os hábitos atuais de proteção.
Os resultados mostram que apenas 30% dos entrevistados afirmam usar preservativos em todas as relações sexuais, enquanto 17% dizem utilizá-los na maior parte do tempo, mesmo com parceiros fixos. Já 8% nunca utilizaram o método, o que acende um alerta sobre os riscos de infecções e gravidez não planejada.
O levantamento aponta ainda que 17% dos participantes diminuíram o uso de preservativos nos últimos cinco anos, enquanto 15% afirmam ter aumentado e 40% mantiveram o mesmo padrão de uso. As principais motivações para utilizar o preservativo são a prevenção de DSTs (38%) e a contracepção (34%).
Entre os motivos para não usar, muitos jovens associam o preservativo à perda de prazer sexual: 37% acreditam que o sexo é mais prazeroso sem proteção, e 16% afirmam que o tempo para colocá-lo interrompe o clima. A pesquisa também revela nuances de percepção entre os parceiros: 32% ficariam felizes se o outro levasse um preservativo, entendendo como um sinal de cuidado, enquanto 12% veriam o gesto com desconfiança, interpretando como uma possível dúvida sobre o histórico sexual do parceiro.
Os dados reforçam a necessidade de novas campanhas de conscientização voltadas principalmente à geração Z, que, segundo os especialistas, tende a subestimar os riscos associados à ausência de proteção. Mesmo com o avanço de tecnologias voltadas ao prazer e à prevenção, o preservativo ainda se mantém como a forma mais simples, acessível e segura de proteger a saúde sexual.