há 3 horas
Amanda Martins

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esclareça, em até 24 horas, por que o ex-chefe do Executivo tentou violar a tornozeleira eletrônica que utilizava por ordem judicial. A decisão foi assinada após a divulgação, na tarde deste sábado (22), de informações e vídeos que mostram o próprio Bolsonaro admitindo ter usado um ferro de solda no dispositivo.
Segundo informações do portal Metrópoles, Bolsonaro confessou à diretora-adjunta da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), Rita de Cássia, que queimou a tornozeleira por “curiosidade”.
O relato ocorreu depois que a equipe de escolta recebeu, às 0h07, um aviso de violação do equipamento. Os agentes solicitaram que o ex-presidente se apresentasse imediatamente para inspeção.
No registro, a diretora questiona Bolsonaro: “O senhor utilizou alguma coisa para queimar isso aqui?” Ele responde: “Meti um ferro quente aí. Curiosidade.” Ao ser perguntado sobre o que teria usado, completa: “Foi ferro de soldar […] Não rompi a pulseira, não.”
Após a manifestação da defesa, Moraes também determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronuncie no mesmo prazo.
Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado, por ordem do próprio ministro, após os indícios de tentativa de violação do monitoramento eletrônico.