há 36 minutos
Amanda Martins

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter recebido com “profunda perplexidade” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão preventiva do ex-chefe do Executivo na manhã deste sábado (22). Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal (PF) por volta das 6h e levado para a Superintendência da corporação no Distrito Federal, onde ficará temporariamente em uma cela especial.
Em nota, os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno anunciaram que irão apresentar recurso para reverter a prisão preventiva. Eles afirmam que Bolsonaro enfrenta um “estado de saúde delicado” e que a manutenção da medida “pode colocar sua vida em risco”.
Segundo informações do portal Metrópoles, a PF solicitou a prisão preventiva alegando risco de fuga e apontando a convocação de uma vigília em frente à residência de Bolsonaro, feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), como elemento que teria contribuído para o descumprimento das condições impostas ao ex-presidente.
A defesa, no entanto, contesta esse argumento. “A prisão preventiva do ex-Presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos, está calcada em uma vigília de orações”, afirmaram os advogados. Eles também destacaram que a Constituição de 1988 garante o direito de reunião e a liberdade religiosa. Enquanto aguarda a análise dos recursos, Bolsonaro permanece detido na Superintendência da PF em Brasília.