há 3 horas
Lucas Ribeiro

A Prefeitura de Curitiba encerrou 2025 com a consolidação de avanços expressivos nas políticas públicas voltadas à igualdade racial, à proteção das mulheres e à promoção dos direitos humanos. Ao longo do ano, o município estruturou novos equipamentos, ampliou atendimentos e fortaleceu redes de apoio, com a criação da Secretaria Municipal da Mulher e Igualdade Étnico-Racial (Smir), implantada em janeiro.
Entre janeiro e setembro, a nova secretaria registrou 403 ações e atendeu cerca de 40,5 mil pessoas, somando 913 horas de programação entre formações, atendimentos especializados, eventos culturais, campanhas educativas e conferências. As iniciativas abrangeram políticas para mulheres, igualdade étnico-racial, diversidade, direitos humanos e ações institucionais.
No Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, o prefeito Eduardo Pimentel inaugurou a nova sede do Centro de Referência Afro Enedina Alves Marques (Creafro), no bairro São Francisco. Em dezembro, foi entregue o primeiro Centro de Referência no Atendimento à Mulher (Cram), na Regional CIC, compromisso assumido durante a campanha eleitoral, assim como a criação da Smir.
No eixo de políticas para mulheres, a Casa da Mulher Brasileira manteve-se como referência nacional no acolhimento a vítimas de violência, com 14.554 atendimentos nos nove primeiros meses de 2025. O período também contou com visitas guiadas, palestras e ações de sensibilização em escolas, unidades de saúde, Cras, igrejas e espaços comunitários. A prefeitura atualizou o Protocolo Municipal de Enfrentamento às Violências contra a Mulher e oficializou a Rede de Atenção às Mulheres em Situação de Violência, padronizando fluxos e fortalecendo o atendimento.
Outro destaque foi o lançamento do programa Curitiba Mais Mulheres, que envolve todas as secretarias e autarquias do município, além da criação do Fundo Municipal dos Direitos da Mulher (FMDM). Durante o Agosto Lilás, o projeto Comunidade por Elas capacitou 471 lideranças comunitárias, reforçando a prevenção à violência e o engajamento masculino.
Na área de igualdade étnico-racial, foram realizadas 108 ações, com mais de 15 mil participantes. A Smir apoiou oito edições da Feira de Afroempreendedorismo, que reuniu cerca de 9 mil pessoas, ampliou a Caravana Étnico-Cultural e fortaleceu a Rota Afro-Curitibana, que atendeu 630 pessoas. O Creafro passou a oferecer atendimento psicológico e jurídico gratuito a pessoas pretas e pardas, além de acolhimento a vítimas de racismo e intolerância, e promove atividades voltadas à cultura e à identidade negra. Também foi criado o Fundo Municipal de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (FMIR).
A Casa de Passagem e Cultura Indígena registrou 518 acolhimentos, além de ações culturais no Abril Indígena e no Dia Internacional dos Povos Indígenas, com atividades permanentes junto a artesãos e estudantes.
No campo da diversidade e dos direitos humanos, 28 ações envolveram quase 2 mil participantes, com foco no enfrentamento à discriminação, empregabilidade LGBTI+, formação de servidores e atividades educativas nas regionais. A secretaria participou de mutirões de retificação de nome e gênero, conferências estaduais e nacionais e lançou módulos do curso EAD do Protocolo da Rede LGBTI+. O curso Direitos Humanos na Prática alcançou 1.196 inscritos.7
Ao longo do primeiro semestre, quatro conferências municipais mobilizaram mais de 700 participantes entre pré-conferências e plenárias, reunindo sociedade civil, movimentos sociais e poder público para debater políticas para mulheres, igualdade racial, direitos LGBTI+ e direitos humanos. As propostas elaboradas subsidiaram a atualização de planos municipais e a participação de Curitiba nas etapas estaduais e nacionais.
No território do Caximba, o Plano de Ações de Gênero impulsionou formações para servidores, cursos profissionalizantes e o projeto Jovens Protagonistas pelo Clima, voltado à mobilização ambiental, cultural e comunitária. Entre as iniciativas, 23 mulheres concluíram o curso Feito por Elas: saber, fazer e vender, com foco em empreendedorismo feminino e economia solidária.
Além das entregas realizadas, a prefeitura mantém em andamento projetos como o Centro de Cidadania LGBTI+, redes de apoio a famílias órfãs de feminicídio, incentivo ao afroempreendedorismo, cursos profissionalizantes e o desenvolvimento de marcadores de vulnerabilidade para aprimorar o atendimento às mulheres, ampliando o alcance das políticas de igualdade e inclusão na capital paranaense.