O deputado federal eleito Sandro Alex (PSD) avaliou a campanha que garantiu a ele o terceiro mandato na Câmara, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), desta quarta (5). O parlamentar destaca a surpresa ao descobrir, apenas na terça (4), ao conferir a apuração mais detalhada, que recebeu votos em todos os 399 municípios paranaenses.

Sandro afirma que concedeu poucas entrevistas antes do 1º turno porque o prazo da campanha era curto e havia muitos municípios a percorrer para angariar votos e prestar contas, além da dificuldade logística em percorrer o estado todo em uma quinzena chuvosa na reta final, a poucos dias das eleições. “Fiz uma campanha muito mais de prestação de contas do que pedido de votos. Quando você tem um trabalho, a votação é uma consequência. Procurei, em todos os municípios que fui, e tenho vergonha de pedir voto onde eu não tenha trabalho, porque a pessoa pergunta: ‘o que você fez?'”, avalia.

O parlamentar reeleito analisa que, mesmo na condição de legislador e fiscalizador das ações do Executivo, o deputado participa da elaboração do orçamento e tem a obrigação de defender a boa aplicação desses recursos diante dos municípios. “As pessoas exigem que você tenha estado com elas ao longo do mandato. Onde eu fui, levei meu trabalho e pedi avaliação”, relata.

Ser titular da pasta da Infraestutura e Logística o ajudou a ampliar sua base de votos para todo o Paraná – o que antes era mais restrito aos Campos Gerais, admite. Porém, ele afirma que alguém só é convidado a ocupar uma posição tão importante quando possui representatividade e força política. “Ninguém senta em uma cadeira como aquela se não tem voto ou um campo político forte. Eu era crítico à participação em poderes [no Executivo], mas, no Japão, todo o governo é formado por deputados federais. Eles compõem o governo no Japão com a força dos deputados, porque eles entendem que aquele que foi eleito, passou pelo crivo das urnas, está aprovado também para poder comandar o país”, comenta.

Sandro nega que tenha aberto mão de seu mandato de deputado federal. “Todas as emendas parlamentares não pertencem a mim, elas pertencem à região. Mesmo estando secretário, a Santa Casa de Ponta Grossa recebeu, a UEPG recebeu, a UTFPR recebeu [emendas]. A vinda do Instituto Federal (IFPR)”, afirma.

O deputado acredita que ter desempenhado o cargo de secretário foi mais relevante, para aquele momento, muito em função da pandemia, uma vez que os trabalhos do Congresso ficaram paralisados ou tiveram votações remotas. “Estar à frente da Secretaria nos garantiu muito mais investimentos e a oportunidade da cidade defender pleitos e anseios de 20, 30 anos e a oportunidade de estar no alto escalão no governo”, alega.

Confira a entrevista de Sandro Alex na íntegra: