A Itaipu Binacional e o projeto Maestro da Bola marcaram a passagem do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, no último sábado (21), com uma atividade que buscou aproximar a comunidade das atividades desportivas adaptadas. O Festival Internacional de Esporte Adaptado para PcDs contou com a participação de diversas instituições de Foz do Iguaçu (e inclusive do Paraguai, daí o termo “internacional”) e reuniu aproximadamente 500 pessoas.
Segundo a gerente da Divisão de Iniciativas de Responsabilidade Social da Itaipu, Luciany Franco, a parceria entre a empresa e o Maestro da Bola tem como meta tirar 600 pessoas de uma condição de invisibilidade social. “Algumas dessas pessoas sequer saíam do quarto”, explica a gestora. “Esta é uma ação que está totalmente alinhada com aquilo a que a Itaipu se propõe, que é promover o desenvolvimento de forma integrada”, acrescenta.
O festival ocorreu no Centro Escolar Bairro Darci Pedro Zanatta, no Morumbi, e contou com a participação de diversas instituições, como a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Foz (SMEL), Instituto de Atletismo de Foz do Iguaçu (IAFI), Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE), Serviço Social do Comércio (SESC), Instituto Meninos do Lago (IMEL), entre outras.
Esse trabalho em parceria é, de acordo com a coordenadora do Maestro da Bola no Paraná, Renata Pozzi, fundamental para o sucesso da iniciativa. “A gente só vai ter relevância e impacto social se trabalhar em rede. Daí a importância de empresas como a Itaipu, que entendem a sua responsabilidade social e o impacto social que o esporte adaptado pode ter”, afirmou.
As parcerias são importantes, principalmente, para aumentar o alcance do projeto. Enquanto instituições parceiras entram com a infraestrutura para a prática esportiva (como piscinas ou quadras de basquete, por exemplo), o Maestro da Bola aporta o conhecimento para o atendimento e a prática do esporte mais indicado para cada caso.
“Fazemos o acolhimento e a busca ativa, inclusive com visitas domiciliares. A partir de uma anamnese, é possível indicar em qual modalidade vai ter mais rendimento. Não importa o tipo de deficiência, tem esporte para todo mundo”, comenta o coordenador técnico do projeto em Foz, Guto Mazine.
Clodoaldo Aparecido da Silva, de 48 anos, é exemplo do impacto que o esporte adaptado tem na qualidade de vida das PcDs. “Para mim, é melhor que a fisioterapia”, comentou.
Depois de contrair poliomielite com cerca de um ano e meio de idade, ficou tetraplégico. Já praticou basquete e canoagem, mas a análise do perfil dele mostrou que a natação e a bocha paralímpica seriam mais indicados.
“Da inclusão até o alto rendimento é um caminho relativamente curto, por conta da falta de oportunidade. Uma vez que a gente dá oportunidade, o resultado aparece. Quem sabe o Clodoaldo estará nos representando em Los Angeles?”, completou Guto, lembrando que, em Paris, três atletas do Maestro da Bola foram medalhistas de bronze na modalidade de futebol para cegos.
Ao todo, o Festival contou com demonstrações de 13 modalidades de esporte adaptado: bocha paralímpica, golf-7, atletismo, natação paralímpica, showdown, basquete em cadeira de roda, futebol de cegos e iniciação esportiva, futsal para surdos, goalball, paracanoagem, tênis de mesa, dragon boat e futsal para pessoas com deficiência intelectual.
Essa ação da Itaipu está relacionada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU de número 10 (Redução das Desigualdades). Saiba mais sobre os ODS em www.itaipu.gov.br/responsabilidade-social/agenda-2030
da Itaipu Binacional