Domingo, 10 de Novembro de 2024

Rio Iguaçu, o maior do Paraná, registra nível mais baixo desde 1931

2020-05-12 às 08:26

A estiagem fez o Rio Iguaçu registrar nesta segunda-feira (11) o nível mais baixo desde 1931, quando o monitoramento foi iniciado, de acordo com a Copel e o Simepar, informa o ‘G1’.

Em União da Vitória, na região sul do Paraná, o nível está em 1,29 m, sendo que o considerado normal é de 2,7 m.

Conforme o Instituto das Águas do Paraná, o rio é o maior totalmente paranaense. Ele nasce em Curitiba e percorre 1,3 mil km, passando pelos três planaltos.

Essa não é a primeira vez que o Iguaçu sofre com a seca. Em 2006 e 2018, a falta de chuva também prejudicou a vazão e o nível do rio. Especialistas apontam que as duas estiagens não se comparam com a situação atual.

Segundo o Simepar, a seca histórica é resultado da chuva abaixo do esperado nos últimos três meses não só no local da medição, em União da Vitória, mas também na Região Metropolitana de Curitiba, onde fica a nascente.

“A gente tem experimentado uma situação de seca meteorológica que está ocorrendo desde o começo do ano e que agora está se traduzindo cada vez mais em uma seca hidrológica, em vazões baixas e níveis baixos”, afirma engenheiro hidrológico do Simepar Arlan Scortegagna.

Em União da Vitória, é possível ir a caminhando onde antes havia correnteza, o que preocupa quem mora próximo ao local. “Já vi essas águas lá em cima na avenida, hoje a gente está aqui embaixo vendo essa tristeza”, diz uma moradora, caminhando pelo rio.

Geração de energia

Além da preocupação com o abastecimento de água, outra consequência do baixo nível do rio é para a geração de energia elétrica. Isso porque, o Iguaçu alimenta reservatórios de seis usinas hidrelétricas, entre elas a de Foz do Areia, uma das principais do Sul do país.

O Simepar monitora a situação, as a perspectiva não é animadora. “A gente continua num estado de redução desses níveis, então muito provavelmente esses vão continuar diminuindo e essa seca vai ter um grau de extremidade, digamos assim ainda maior”, afirma o engenheiro.

Segundo ele, o prognóstico para maio é de chegada de frentes frias isoladas e que não serão suficientes para recuperar sequer os volumes normais de precipitação esperados para o mês.

Informações: G1 | Foto: Wikipedia