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assessoria

A condução do Projeto de Lei Antifacção na Câmara dos Deputados expôs mais uma vez a tentativa da oposição de distorcer iniciativas estratégicas do governo federal no combate ao crime organizado. A deputada federal Lenir de Assis (PT-PR) criticou a forma como o relator, deputado Guilherme Derrite (PL-SP), modificou o texto enviado pelo Executivo, retirando pilares essenciais para fortalecer a atuação integrada da Polícia Federal e das demais forças de segurança.
Desde o início da tramitação, o governo buscou construir um projeto sólido, tecnicamente embasado e alinhado às necessidades reais de enfrentamento às facções. Segundo Lenir de Assis, porém, Derrite conduziu o processo de forma unilateral e politizada, ignorando debates qualificados, recusando diálogo com equipes técnicas e desfigurando trechos estratégicos que haviam sido amplamente discutidos com especialistas em segurança pública.
"Derrite não sabe o que significa ser relator porque ignora a função do cargo: construir consenso e melhorar o texto sem desfigurá-lo. Ele recusou diálogo com o governo, desprezou equipes técnicas e trocou pontos centrais do Projeto de Lei Antifacção por propostas próprias, mirando ganhos eleitorais. Ao transformar o relatório em palanque midiático, esse sujeito desprotege a população e favorece o crime organizado. Foram seis versões apresentadas na Câmara, uma pior que a outra, e mesmo assim os deputados de direita preferiram aprovar a proposta que enfraquece a Polícia Federal. É lamentável o que acontece em Brasília", afirmou a deputada federal.
Nos bastidores, parlamentares da base reforçam que o relatório aprovado remove ferramentas essenciais da PF, reduz a capacidade de investigação e rompe com parâmetros técnicos que dariam mais efetividade à repressão às organizações criminosas. O texto final, apontam, privilegia bandeiras ideológicas e medidas de impacto superficial, deixando de lado mecanismos de inteligência e cooperação que o governo propôs para reduzir a expansão das facções.