há 3 horas
Heryvelton Martins
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta semana que autorizou operações secretas da CIA (Agência Central de Inteligência) na Venezuela. A medida representa uma escalada significativa na pressão dos EUA contra o regime do presidente Nicolás Maduro, com o objetivo oficial de interromper o fluxo de drogas para os Estados Unidos e lidar com a crise migratória, sem mencionar explicitamente a intenção de promover uma mudança de regime no país sul-americano.
Trump declarou que a autorização foi motivada principalmente por dois fatores: a entrada de um grande número de migrantes oriundos da Venezuela nos EUA, incluindo pessoas de hospitais psiquiátricos, cruzando o que ele chamou de política de fronteira aberta; e o tráfico em grande escala de drogas, grande parte delas trafegadas por via marítima. No entanto, ao ser questionado sobre a possibilidade da CIA ter autorização para executar o presidente Maduro, Trump não respondeu diretamente.
Documentos e relatos indicam que a CIA recebeu autorização para realizar operações lícitas e letais em todo o território venezuelano e no Caribe, podendo agir independentemente ou integrando um plano militar mais amplo dos EUA. Além disso, o Pentágono está preparando opções militares para possíveis ataques dentro da Venezuela, como parte de um esforço coordenado para pressionar o regime. Cerca de 10 mil militares americanos já estão estacionados na região do Caribe, incluindo uma força de marines com apoio aéreo e uma frota naval com capacidade de ataque.
As ações dos EUA contra supostos barcos usados para tráfico de drogas já resultaram em várias operações militares e mortes, com Trump afirmando que essas medidas são parte de um esforço para desmantelar cartéis de drogas e proteger a segurança nacional. O governo americano também dobrou as recompensas para capturas de líderes do regime venezuelano e vinculou o governo de Maduro a organizações criminosas internacionais.