há 4 horas
Amanda Martins

A prematuridade, caracterizada pelo nascimento antes de 37 semanas de gestação, segue como um dos principais desafios da saúde infantil no Brasil. Embora o ciclo completo da gravidez seja de 40 semanas, as três semanas que faltam fazem grande diferença no desenvolvimento do bebê. Fatores como idade materna, hipertensão, diabetes, infecção urinária durante a gestação, má formação do feto e realização de cesariana podem antecipar o parto.
Bebês prematuros exigem cuidados especiais e só devem deixar o hospital após atingirem, no mínimo, 1.900 gramas. Isso porque, quanto mais cedo ocorre o nascimento, menos desenvolvidos estão os órgãos e menor é a quantidade de anticorpos transferida da mãe para a criança.
De acordo com a ONG Prematuridade.com, o parto antecipado é hoje a maior causa de mortalidade infantil entre crianças menores de cinco anos. O Brasil está entre os países com maior taxa de nascimentos antes de 37 semanas, representando cerca de 12% do total.
O cenário acende um alerta, reforçado especialmente neste 17 de novembro, Dia Mundial da Prematuridade. A data busca mobilizar governo, parlamentares, conselhos de saúde, profissionais do setor, Judiciário e sociedade civil para o debate e a construção de políticas públicas voltadas à prevenção e ao cuidado dos prematuros.
Para aumentar o número de partos a termo, especialistas destacam a necessidade de ampliar o acesso ao pré-natal de qualidade e fortalecer a comunicação com as famílias. Nesse contexto, a Pastoral da Criança atua no acompanhamento de gestantes em comunidades de todo o país, contribuindo para que mais mulheres recebam orientações adequadas e sigam corretamente o acompanhamento necessário durante a gravidez.