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Saúde

Gonorreia preocupa OMS após avanço acelerado da resistência a antibióticos

De acordo com a entidade, os resultados mais recentes acendem um alerta mundial

há 3 horas

Redação

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Gonorreia preocupa OMS após avanço acelerado da resistência a antibióticos
Foto: Alissa Eckert/Science Photo Library/Getty Images
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A gonorreia, uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns no mundo, tornou-se cada vez mais difícil de tratar, segundo novo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo informações do portal Metrópoles, os dados publicados na quarta-feira (19), durante a Semana Mundial de Conscientização sobre a Resistência Antimicrobiana, mostram um aumento expressivo da resistência da bactéria Neisseria gonorrhoeae aos principais antibióticos utilizados atualmente.

Criado em 2015, o programa global de monitoramento da OMS reúne informações laboratoriais e clínicas de diversos países para acompanhar o avanço da resistência e orientar políticas públicas. De acordo com a entidade, os resultados mais recentes acendem um alerta mundial.

“Este esforço global é essencial para rastrear, prevenir e responder à gonorreia resistente a medicamentos e proteger a saúde pública. A OMS apela a todos os países para que integrem a vigilância da gonorreia nos programas nacionais de ISTs”, afirmou Tereza Kasaeva, diretora do departamento de HIV, tuberculose, hepatite e ISTs da organização.

Resistência em alta

Entre 2022 e 2024, a resistência à ceftriaxona, principal medicamento usado atualmente, saltou de 0,8% para 5%. No caso da cefixima, outro antibiótico de referência, a taxa aumentou de 1,7% para 11%. Já a resistência à ciprofloxacina atingiu alarmantes 95%. A única taxa que se manteve estável foi a da azitromicina, em 4%, embora ainda considerada elevada.

Camboja e Vietnã registraram os níveis mais altos de resistência. No total, 12 países enviaram dados à OMS em 2024, um aumento significativo em relação aos quatro participantes em 2022. Ao todo, esses países notificaram 3.615 casos de gonorreia.

A maior parte dos registros veio da Região do Pacífico Ocidental, Filipinas, Vietnã, Camboja e Indonésia lideram o volume de casos. A Região Africana respondeu por 28% das notificações. Países do Sudeste Asiático, Mediterrâneo Oriental e Américas enviaram números menores, mas o Brasil esteve entre os participantes do levantamento.

Perfil dos pacientes e comportamentos de risco

A idade mediana dos infectados foi de 27 anos. Entre os casos, 20% eram homens que fazem sexo com homens, e 42% relataram múltiplos parceiros sexuais no mês anterior. Parte dos pacientes também tinha histórico recente de uso de antibióticos ou viagens internacionais, fatores que podem favorecer a seleção de cepas resistentes.

Avanços e desafios

Em 2024, a OMS ampliou a vigilância genômica da bactéria, com quase 3 mil amostras sequenciadas. Também avançou em pesquisas com novos medicamentos, como zoliflodacina e gepotidacina, e em estudos sobre o uso preventivo da doxiciclina. Essas iniciativas podem orientar futuras estratégias de tratamento.

O programa ganhou novos participantes, incluindo Brasil, Catar e Costa do Marfim. No entanto, a organização reconhece que ainda há obstáculos importantes: falta de financiamento, dados incompletos e escassez de informações sobre mulheres e infecções extragenitais.

A OMS reforça que investimentos urgentes em vigilância, diagnóstico e acesso a novos tratamentos são essenciais para conter o avanço da resistência antimicrobiana, e evitar que a gonorreia se torne ainda mais difícil de tratar nos próximos anos.

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