A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) iniciou nesta quarta-feira um novo plano para conseguir promover a volta aos trabalhos dos times após a parada causada pela pandemia do novo coronavírus. O Estado apurou que a entidade entrou em contato com uma sociedade médica científica para elaborar um protocolo de cuidados que seja capaz de garantir o retorno dos times aos treinos nas próximas semanas.
O objetivo da CBF é criar um guia detalhado com um nível bastante minucioso de informações sobre distanciamento social, formato de treinamentos, procedimentos de convívio, regras para alojamento e cuidados com viagens. A partir da redação deste guia é que as equipes devem começar a retomar as atividades. O intuito é conseguir a liberação médica para retornar ao trabalho ainda neste mês.
A CBF vai bancar os custos deste trabalho de consultoria e quer ser bastante rigorosa nessa cartilha de cuidados. Toda a redação do guia terá os princípios norteados pela metodologia de cuidados contra a pandemia já existente na literatura médica, em especial estudos científicos. A ideia é não se ter pressa para concluir o trabalho, mas sim que o resultado seja capaz de ter um conteúdo completo mesmo para as diferentes condições geográficas e econômicas do Brasil.
Todo o trabalho terá participação conjunta do Ministério da Saúde, do corpo médico da Fifa e de secretarias estaduais de saúde existentes pelo Brasil. O material deve ser produzido pelos médicos brasileiros com maior experiência no combate à pandemia, com atuação em grandes hospitais e currículo relevante na área acadêmica. A tendência é que os médicos de clubes não participem da produção deste conteúdo.
A iniciativa da CBF procura unificar a preocupação de diversos clubes e federações estaduais sobre o retorno pós-pandemia. Em vez de iniciativas espalhadas pelo Brasil, a entidade máxima do futebol nacional procura conduzir este processo de forma mais técnica e cuidadosa, para ter um aval médico obtido de forma mais científica e responsável e livre de possíveis pressões econômicas.
Da Folhapress