Conheça personalidades do mundo artístico que saíram de Ponta Grossa e conquistaram o Brasil e o mundo
Por Elisângela Schmidt
Denisse de Kalafe
Denisse viajou mais de 14 mil quilômetros para se tornar a diva da música mexicana, mas a sua história começou em Ponta Grossa, onde nasceu e viveu até os nove anos. A cantora morava com o pai na rua Balduíno Taques, onde a família tinha uma loja de tecidos, a Casa Barateira. No início da idade adulta, ela foi buscar o sucesso em outros lugares. No México, lançou a música “Señora, Señora”, feita em homenagem à mãe, faixa que a tornou célebre naquele país. A canção passou a ser entoada frequentemente no Dia das Mães, em nascimentos e até em enterros. Lançada em 1981, no álbum “Amar Es”, a música vendeu oito milhões de cópias.
Ary Fontoura
São 90 anos de vida, quase 60 de teatro, mais de 50 novelas, três Prêmios APCA, um Troféu Imprensa, três Mambembes, duas indicações ao Grande Otelo, além do sucesso nas redes sociais. Ary Fontoura nasceu no distrito de Guaragi, em Ponta Grossa, cursou Direito a pedido dos pais, mas já sabia o seu destino: ser ator. Em 1975, participou do primeiro folhetim da rede Globo. Desde então, fez parte de inúmeros projetos e consolidou a carreira. Durante a pandemia, deu início a uma série de vídeos e postagens que fizeram sucesso nas redes e ganhou o apelido de “blogueirinho da terceira idade”.
Manoel Barenbein
A Tropicália, movimento que mudou a história da música brasileira, deve muito ao trabalho de Manoel Barenbein, responsável pela produção de discos de grandes nomes da MPB. Barenbein nasceu em Ponta Grossa, mas logo criou raízes em São Paulo, onde se tornou um dos principais produtores musicais do país. O histórico álbum-manifesto “Tropicalia ou Panis et circensis”, que reunia Caetano, Gil, Gal, Nara Leão, Tom Zé e Mutantes, foi lançado em 1968 com produção de Barenbein. Foi ele também quem produziu os dois primeiros álbuns de Chico Buarque e uma série de trabalhos da carreira solo dos tropicalistas.
Odilon Wagner
O ator Odilon Wagner também é bicho do Paraná e ponta-grossense de coração. O motivo que fez com que o ator nascesse em Curitiba, e não em Ponta Grossa, onde a sua família morava, foi a falta de uma maternidade na cidade em 1954. No dia seguinte ao nascimento, ele já estava de volta às terras princesinas, onde morou até os 11 anos. A história de Odilon na cidade se espalha por vários lugares. Entre eles, as antigas Indústrias Wagner, local da atual Biblioteca Pública e Conservatório de Música, que pertenciam ao seu pai e ao avô. Em 1974, o ator estreou a primeira novela na rede Globo, e, desde então, acumula quase 50 anos de carreira na televisão e no teatro.
Herson Capri
Outro ator ponta-grossense consagrado nas novelas e no teatro brasileiro é Herson Capri. Nascido em 1951, em Ponta Grossa, ele descobriu a paixão pelo teatro ainda no Colégio Estadual do Paraná, onde iniciou os estudos em artes cênicas. Mudou-se para São Paulo, para fazer faculdade de Economia, e já sabemos que o Brasil perdeu um economista, mas ganhou um novo galã de novela. Estreou na televisão em 1975, na novela “Vila do Arco”, da TV Tupi, e em 1982 estreou a primeira novela na Globo, “Elas por Elas”. Entre as suas atuações mais marcantes, estão as novelas “Cobras & Lagartos” e “Duas Caras”, ambas da Globo.
Airto Moreira
Considerado um gênio da percussão, Airto Moreira é catarinense de nascimento, mas iniciou os estudos musicais em Ponta Grossa, onde aprendeu canto, piano, violino, bandolim e teoria musical, e onde passou boa tarde da infância, chegando a se apresentar como cantor na cidade. Considerado o pai da percussão moderna, ele já gravou com monstros sagrados do jazz, como Miles Davis, Ron Carter, Chick Korea, Cannonball Adderley, Stan Getz e outros. Também lançou diversos álbuns solo, que são cultuados no exterior até hoje.