O Instituto Água e Terra (IAT) e a Invest Paraná formalizaram o acordo para a implementação e execução do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS) nas Unidades de Conservação (UCs) do Estado. O contrato, assinado no fim de 2024, tem duração de 39 meses e prevê investimento de R$ 4,9 milhões, com início previsto para o segundo semestre deste ano. O VRS foi criado em 2021, com o objetivo de incentivar os pequenos produtores e valorizar a bioeconomia regional por meio da promoção das cadeias de valor, que são os produtos e serviços que podem ser comercializados ou explorados economicamente nessas áreas.
A proposta busca promover o desenvolvimento territorial de diferentes regiões do Estado por meio do uso sustentável dos parques. Inicialmente, 10 UCs serão selecionadas para receber o projeto. “O VRS Parques Paraná vai atuar no planejamento, na estruturação de novas ofertas de atividades e serviços e na elaboração dos planos de uso público de Unidades de Conservação selecionadas”, destaca o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.
“Mas, além disso, queremos desenvolver essa parte mais tradicional, de bioeconomia, produtos territoriais e regionais, produtos que podem ter manejo sustentável, no entorno dos parques, fortalecendo assim a geração de emprego e renda, desenvolvimento sustentável, a proteção e a conservação da biodiversidade das UCs”, acrescenta.
De acordo com o diretor de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Rogério José Chaves, a expertise da agência na condução e aplicação do programa VRS impactará diretamente no cuidado de importantes frentes relacionadas à hospedagem, alimentação, produtos e artesanato no entorno, aproveitando parcerias já existentes, seja por meio de acordos de cooperação com entidades privadas ou governamentais.
A intenção, ressalta ele, é que essas cooperações possam ajudar a melhorar a infraestrutura e oferta de serviços para os visitantes, além de apoiar a economia local de maneira mais integrada e sustentável. Na prática, a proposta quer garantir a exploração de forma sustentável, potencializar as características dos locais e garantir a inclusão social e o fortalecimento econômico.
“Será feita uma integração entre os ativos culturais, como o patrimônio arquitetônico, as tradições e festividades locais e os recursos naturais dos parques, criando uma atratividade regional única”, afirma Chaves.
Para garantir o desenvolvimento econômico do entorno dos parques, serão mapeadas pelo programa estratégias de fortalecimento do comércio de produtos regionais com o aumento esperado das visitações. “Estabelecemos diretrizes de governança participativa alinhadas a um modelo de negócios adequado, que não só gerem emprego e renda, mas também promovam a inclusão social de grupos minoritários e fortaleçam o senso de pertencimento das comunidades locais”, ressalta o diretor da Invest Paraná.
Para a seleção das Unidades de Conservação serão levadas em consideração as condições adequadas para visitação, inexistência de impedimentos legais, disponibilidade de infraestrutura básica e potencial turístico. “Qualquer iniciativa partirá das características dos parques estaduais escolhidos, com foco no desenvolvimento econômico e sustentável dessas regiões”, afirma Andreguetto.
Parques Paraná
O projeto Parques Paraná foi implementado em 2019 pelo Governo do Estado com o objetivo de fomentar a integração da população com o meio ambiente e a modernização das formas de gestão, gerando um convívio consciente e promovendo a conservação e a educação ambiental de forma ativa. A iniciativa é dividida em quatro linhas: Uso Público e Turismo, Paraná Aventura, Parque Escola e Voluntariado.
da AEN