Domingo, 22 de Setembro de 2024

Crescimento da energia solar leva empresa de PG a construir a maior usina do centro-oeste do país

2020-12-07 às 17:09
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Em um país como o Brasil, com altos índices de irradiação do sol, transformar a matriz energética vinda do céu tem sido um objetivo para empresas, propriedades rurais e residências. Só para se ter uma ideia, no ano de 2019, os sistemas de energia solar cresceram 212%, atingindo a marca de 2,4 GW de potência instalada. Até outubro deste ano, o crescimento já era de 25%, chegando produção de 3 GW de potência sobre telhados de casas, barracões, indústrias, comércios em geral e em fazendas com plantas de captação de energia solar.

E é um destes projetos que a FonteSul, empresa pontagrossense, acaba de entregar. Depois de 18 meses de atividades, ela desenvolveu a maior usina da região centro-oeste do país, no município de Terenos, há cerca de 40 km, de Campo Grande – MS. A planta, que ocupa uma área aproximada de 8 hectares possui 16290 painéis de captação de energia, equivalente para abastecer cerca de 7 mil casas populares e beneficiar aproximadamente 21 mil pessoas, todos os meses. Com capacidade produtiva de 5,7 MW de potência, a usina irá abastecer uma rede com 9 hospitais e gerar uma economia de 227 milhões de reais em 25 anos.

Além de se tratar de uma matriz energética limpa, com praticamente zero de impacto ao meio ambiente, o que mais tem atraído a atenção de clientes que optam por estes sistemas é a economia. O engenheiro elétrico e diretor da FonteSul, Rojes Pereyma, explica que a energia solar tem se tornado um negócio para quem busca economia na conta ou para investidores, que optam por uma nova modalidade de negócio. “Quem tem um comércio ou indústria, por exemplo, verá a sua fatura cair a taxa mínima e ainda gerar créditos em caso de produção excedente”, explica.

Agora, se a proposta é transformar o sol energia, o negócio por ser bem lucrativo. Pereyma conta que os quase 4 mil painéis já contratados e os cerca de 100 mil em prospecção atendem o público investidor. “São empresários que possuem ou compram uma área onde pode ser construída uma usina. A energia comercializada por estes produtores em grandes redes consumidoras como indústrias a um custo menor do que aquele pago a companhia”, explica. Dessa forma, o ganho é para todos os públicos envolvidos: o investidor, que tem o retorno do seu capital, o empresário, que obtém desconto de até 10% na fatura e a companhia que tende a sofrer menos impactos com apagões, como o ocorrido recentemente no Amapá.

Embora a solar represente apenas 1,7% do total matriz energética do país, os investimentos tentem a crescer ainda mais. “Quando economia no bolso e sustentabilidade caminham lado a lado, toda a sociedade ganha, gerando novos negócios e fomentando a economia”, finaliza.